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O que foi o pioneirismo português nas grandes navegações?

Por Maíra Pires | Em 29/04/2023 14:33:33 | História, Grandes Navegações | 💬 0

Alguns fatores forneceram a Portugal as condições fundamentais para se tornarem os pioneiros nas “Grandes navegações”. Saiba mais:


Os primeiros a se lançarem a tal aventura foram os portugueses e os espanhóis
Os primeiros a se lançarem a tal aventura foram os portugueses e os espanhóis

Um dos principais acontecimentos que ocorreram no início da Idade Moderna foram as chamadas “Grandes navegações” ou também conhecidas como “Expansão marítima europeia,” que proporcionaram uma experiência singular a Europa e também ao resto do mundo.

O que foi o pioneirismo português nas grandes navegações?

As Grandes navegações ocorreram entre os séculos XV e XVI e foi o momento em que os navegadores europeus iniciaram uma grande empreitada desbravando o oceano Pacífico, Índico e Atlântico e tendo como consequência as disputas territoriais sob as colônias e a expansão das fronteiras do mundo até então desconhecidas.

Os primeiros a se lançarem a tal aventura foram os portugueses e os espanhóis e somente posteriormente França, Holanda e Inglaterra.

O pioneirismo português: Expansão marítima europeia

Alguns fatores forneceram a Portugal as condições fundamentais para se tornarem os pioneiros na expansão marítima:

Geografia:

Portugal possui uma posição geográfica favorável a navegação, pois este é banhado pelo oceano Atlântico e também estavam bem próximo da África. Isto é, era de fácil acesso as embarcações.

Estado centralizado:

A coroa portuguesa no século XIV era comandada pela Dinastia de Avis, que proporcionava a Portugal uma política estável e um estado forte e centralizado favorecendo a emergência do comércio da burguesia.

Conhecimento:

Os portugueses se apropriaram de diversos conhecimentos de outros povos e passaram a aplica-los nas aventuras aos mares.

Como por exemplo, aplicaram os sabres dos povos árabes para aperfeiçoar as técnicas de carpintaria naval e construir tecnologias para navegação.

Tecnologias:

Incentivados pelo infante Dom Henrique desde o inicio do século XV, os portugueses logo qualificaram suas técnicas de navegação, como a própria estrutura das caravelas que possibilitavam uma grande agilidade nos mares.

Experiência marítima:

Os navegadores portugueses já tinham desde o século XIV se lançados nas aventuras pelos mares desconhecidos, como a tentativa de contornar o sul da África.

Essas aventuras anteriores permitiram a formação de um grande conhecimento sobre as navegações.

Mapa portugues da Ásia utilizado para navegação, 1630.
Mapa portugueses da Ásia utilizado para navegação, 1630.

Causas da expansão marítima europeia

Os europeus iniciaram a aventura marítima tendo como principais motivações:

  • A busca de novos comércios de ouro, prata entre outros metais preciosos.
  • A busca de novas especiarias (temperos).
  • O domínio e a posse de novos territórios, isto é, a expansão territorial.
  • A exploração de novas terras e as suas respectivas riquezas, como o Pau-Brasil no Brasil
  • A busca da exploração de mão de obra barata, como foi o caso da escravização dos africanos em África e dos indígenas no Brasil.

Consequências da expansão marítima europeia

Esse período foi um marco na história moderna, principalmente na medida em que proporcionou o inicio do processo de globalização e conexão entre as diferentes partes do mundo.

Entre as principais consequências da expansão marítima europeia temos:

  • A formação de uma falsa consciência de superioridade construída pelos europeus que se tornou uma justificativa para a escravização de outros povos.
  • A descoberta de novas terras e a sua posterior colonização, como diversas regiões da América, da África e da Ásia.
  • A exploração violenta e escravização de outros povos como os indígenas e africanos.
  • A expansão das fronteiras territoriais.
  • Descoberta de novas riquezas.

Conceitos de “Novo Mundo” e “Velho mundo”

Os conceitos de “Novo Mundo” e “Velho Mundo” foram elaborados pelos Europeus com o objetivo de dividir e classificar o mundo, ao mesmo tempo que a Europa era colocada como centro e como parâmetro no mundo.

“Velho mundo”

Foi um conceito criado, sustentado por bases eurocêntricas, com a finalidade de demonstrar os continentes que eram conhecidos até o século XV, antes do inicio das grandes navegações, que eram a Europa, Ásia e África.

“Novo mundo”

Este conceito, também embasado no pensamento eurocêntrico, será criado no âmbito das grandes navegações para se referir as descobertas dos novos continentes, sobretudo, o continente americano e o hemisfério ocidental.

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Foto de perfil Maíra Pires
Por Maíra Pires | Professora de História
Graduada em História, habilitada para Licenciatura e Bacharelado, (UDESC) e Mestre em História (UDESC). Cursando Doutorado em História (PUC-SP).

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