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Veja como fazer uma Redação nota 1.000 mil

Por Dinake Núbia | Em 26/10/2020 13:16:47 | Redação | 💬 0

Se você quer tirar nota mil em uma redação e concorrer as melhores bolsas de estudo em faculdades, este post é para você! Confira dicas e exemplos de como construir uma redação com pontuação máxima.


Veja como fazer uma Redação nota 1.000 mil
Veja como fazer uma Redação nota 1.000 mil

Uma das maiores preocupações dos vestibulandos atualmente é a parte de redação, pois aqueles que conseguem uma pontuação alta ganham uma vantagem em relação aos outros candidatos.

Entretanto, o estudante deve estar bem preparado e ligado nos temas da atualidade, porque o tema da redação só é revelado na hora da prova

Caso consiga cumprir a missão e tirar nota 1.000 na redação, o candidato aumenta as possibilidades de chances em vestibulares, caso seja pelo Exame Nacional do Ensino Médio, ainda há a possibilidade de entrar na disputa de vagas tão concorridas em programas de bolsas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) ou o Financiamento Estudantil (Fies). 

Apesar do grau de dificuldade, não precisa desespero, pois há algumas técnicas que, se forem seguidas, poderão aumentar exponencialmente sua nota na redação.

Confira as dicas e se dê bem na hora de fazer uma redação nota 1.000. 

Afinal, o que é preciso fazer para ter uma redação nota 1.000?

As dicas aqui expostas terão como base as redações do Enem, pois é o sistema mais conhecido e conta com avaliadores oficiais reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). 

Primeiramente, cinco critérios são utilizados para correção das provas e devem ser observados na hora de elaborar o texto. A pontuação atribuída a cada critério é de 0 a 200 pontos e para ter a pontuação máxima o candidato deve: 

  1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa;
  2. Desenvolver o texto dentro dos limites estruturais dissertativo-argumentativo em prosa, aplicando conceitos de várias áreas de conhecimento; 
  3. Defender um ponto de vista com informações, selecionando, organizando e relacionando os argumentos; 
  4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
  5. Respeitar os direitos humanos e não fugir do tema, elaborando a proposta de intervenção do problema proposto.  

Leitura

Agora que já sabemos os pontos importantes para aumentar a pontuação, vamos entender como o texto deve ser construído. Para isso, é importante que os textos motivadores sejam lidos e interpretados da maneira correta. Este é o ponto de partida para começar a escrever uma boa redação. 

A leitura dos textos motivadores, que são relacionados ao tema central da redação, é essencial, pois evita um erro bem comum cometido pelos estudantes: a fuga do tema.

Um dica é focar primeiro no problema proposto na redação, depois passe pelas causas indicadas para o problema e, por fim, argumentos e possibilidades de soluções.  Dentro disso, é recomendável seguir a seguinte estrutura. 

  • Introdução (Aqui será feita a abordagem e exposto o ponto de vista);
  • Desenvolvimento (Aqui serão expostos os argumentos do tema proposto);
  • Conclusão (Apresentar uma  proposta de intervenção para solucionar o problema central).

Para desenvolver o tema proposto e se encaixar dentro da estrutura textual o candidato deve responder os seguintes questionamentos: 

  1. Qual o problema? 
  2. Por que é um problema?
  3. Quais as causas desse problema?
  4. Há solução?
  5.  Como e por que colocar tal solução em prática?
  6. Como essa proposta pode resolver o problema?

Veja também: 14 Dicas de como fazer uma boa Redação para Concursos.

Estruturação

Agora que aprendemos os pontos que devemos questionar na hora de escrever a redação, é importante saber como encaixá-los dentro da estrutura textual. 

Introdução

Esta é a parte onde o problema é apresentado e apontadas as principais abordagens. Deve ser feito logo no primeiro parágrafo do texto. Esta é uma forma de direcionar o leitor para seguir a linha de raciocínio. 

Desenvolvimento

Aqui é a hora de apresentar os argumentos que defendem a tese apresentada na introdução. É o momento de contextualizar a ideia principal e fazer uma análise profunda das afirmações anteriores. Geralmente, ela é feita em dois ou três parágrafos depois da introdução. 

Conclusão

Nessa parte do texto deve ser retomada os pontos apresentados na introdução para reforçar o problema que foi discutido ao longo do texto. A diferença é que, na conclusão, devem ser apresentados as soluções para o problema.

Desta forma, o leitor compreende o tema proposto, acompanha a linha de raciocínio e vê as possíveis soluções para o problema representado. 

Dicas extras

Claro que ninguém consegue adquirir essas habilidades de uma hora para outra, é necessário prática. Para isso, separamos algumas dicas extras para você treinar e tirar nota mil na sua próxima redação. Veja: 

  • Analise redações que já foram nota mil nas últimas edições do Enem; 
  • Com provas anteriores, pratique escrever um texto dissertativo-argumentativo; 
  • Leia atentamente o edital para saber quais os pontos podem zerar a redação. Atenção: alguns programas não aceitam candidatos que tenham tirado zero nesta modalidade; 
  • Leia sobre assuntos atuais que podem impactar a sociedade brasileira; 
  • Pratique a redação, principalmente com um cronômetro ligado, assim saberá otimizar o tempo para fazer dentro do prazo; 
  • Fique atento e baixe o Guia de Redação divulgado todos os anos pelo Ministério da Educação. 

Modelo de redação nota mil

Separamos aqui um modelo de redação nota mil, observe que ela segue todos os pontos abordados neste post anteriormente. O tema proposto no Enem 2019 foi a “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

Veja a redação do autor Daniel Gomes, que tirou nota mil. 

O filme ‘’Cine Hollywood’’ narra a chegada da primeira sala de cinema na cidade de Crato, interior do Ceará. Na obra, os moradores do até então vilarejo nordestino têm suas vidas modificadas pela modernidade que, naquele contexto, se traduzia na exibição de obras cinematográficas. De maneira análoga à história fictícia, a questão da democratização do acesso ao cinema, no Brasil, ainda enfrenta problemas no que diz respeito à exclusão da parcela socialmente vulnerável da sociedade. Assim, é lícito afirmar que a postura do Estado em relação à cultura e a negligência de parte das empresas que trabalham com a ‘’sétima arte’’ contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.

 Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do Estado, a ausência de políticas públicas suficientemente efetivas para democratizar o acesso ao cinema no país. Essa lógica é comprovada pelo papel passivo que o Ministério da Cultura exerce na administração do país. Instituído para se rum órgão que promova a aproximação de brasileiros a bens culturais, tal ministério ignora ações que poderiam, potencialmente, fomentar o contato de classes pouco privilegiadas ao mundo dos filmes, como a distribuição de ingressos em instituições públicas de ensino básico e passeios escolares a salas de cinema. Desse modo, o Governo atua como agente perpetuador do processo de exclusão da população mais pobre a esse tipo de entretenimento. Logo, é substancial a mudança desse quadro.

 Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência de empresas do setor – como produtoras, distribuidoras de filmes e cinemas – também colabora para a dificuldade em democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Isso decorre, principalmente, da postura capitalista de grande parte do empresariado desse segmento, que prioriza os ganhos financeiros em detrimento do impacto cultural que o cinema pode exercer sobre uma comunidade. Nesse sentido, há, de fato, uma visão elitista advinda dos donos de salas de exibição, que muitas vezes precificam ingressos com valores acima do que classes populares podem pagar. Consequentemente, a população de baixa renda fica impedida de frequentar esses espaços.

 É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o acesso democrático ao cinema no país. Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por meio de um amplo debate entre Estado, sociedade civil, Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar um Plano Nacional de Democratização ao Cinema no Brasil, a fim de fazer com que o maior número possível de brasileiros possa desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá focar, principalmente, em destinar certo percentual de ingressos para pessoas de baixa renda e estudantes de escolas públicas. Ademais, o Governo Federal deve também, mediante oferecimento de incentivos fiscais, incentivar os cinemas a reduzirem o custo de seus ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em ‘’Cine Hollywood’’ poderá ser visualizada na realidade de mais brasileiros.

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Por Dinake Núbia | Jornalista
Jornalista, apaixonada por coordenação e liderança de equipe. Experiência em jornalismo na Internet, assessoria de imprensa, edição de materiais gráficos, textos e vídeos.

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