Simulado: Exercícios sobre (Há ou a) com Gabarito - Português

10 questões de Português, Há ou a, Ensino Médio

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Dificuldade Médio
81 ótimo
159 bom
96 regular
19 péssimo


A ditadura dos “likes”
Necessidade de estímulos positivos vicia. E muita gente se vê obrigada a repetir esse comportamento

Lola Morón

Estamos todos expostos ___ crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete ___ ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?
Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.
Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante ___ qual, talvez, vamos nos dirigir anos mais tarde para ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório.
Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência ___ que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.
O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos da canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis. Não ___ descanso.
O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que de ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo ___ autoridades a legislar e os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos.

Disponível em:  Acesso em: 27 nov. 2018. (Texto adaptado).

No 1º, 3º, 4º, 5º e 6º parágrafos, o correto preenchimento das lacunas é realizado, respectivamente, por meio da sequência presente em

Leia o texto.

Graças______ leitura de “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, romance de Martha Batalha, referente ________angústias de duas irmãs na década de 1940, um homem de 42 anos, preso em São Paulo, decidiu reatar com a filha. O livro chegou ________ essa pessoa por meio do Programa Clubes de Leitura e Remição de Pena.

(Mariana Vick. Folha de S.Paulo, 26.06.2018. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.

Como ____ anos, sentaram-se todos ____ mesa e começaram _____ conversar animadamente.

Considere o seguinte trecho:

É um processo fundamental _______ vida, mas não é nada simples. Tanto que, durante _______ evolução, animais primitivos – como os vermes que viviam _______ 600 milhões de anos – foram desenvolvendo uma rede de neurônios no sistema digestivo.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem no texto.

Considere o seguinte trecho:

É um processo fundamental _______ vida, mas não é nada simples. Tanto que, durante _______ evolução, animais primitivos – como os vermes que viviam _______ 600 milhões de anos – foram desenvolvendo uma rede de neurônios no sistema digestivo.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das frases.

___________ situações delicadas envolvendo a situação carcerária no Brasil. Esse assunto chega ________ autoridades para tomarem ______ providências cabíveis, mas quase sempre não é tratado com a devida prioridade.

A assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações:

I. Ele chegou ______ tempo de acompanhar o segundo tempo da partida de futebol.
II. _______ várias diferenças entre o verbo "haver" e a preposição "a".
III. _____ muitos anos não viajava para o exterior.
IV. ______ dois meses da promoção, pediu demissão da empresa onde trabalhava.
V. O office-boy entregou _____ funcionária os documentos.

Negros ainda lutam por direitos básicos, 30 anos após Constituição
Constituição de 1988 foi primeira a incluir racismo como crime 

Débora Brito – 13/05/2018 

Este ano, __________ memória da abolição da escravatura é lembrada pelo movimento negro no contexto dos 30 anos da Constituição Federal que, assim como __________ lei abolicionista, representou um momento de reorganização da sociedade brasileira. Para os negros, __________ volta da democracia foi __________ oportunidade de legislar pelos direitos negados desde __________ abolição, __________ 130 anos.
O texto constitucional vigente respondeu à demanda histórica de ativistas negros que, dentro e fora do Congresso, aproveitaram o momento de abertura democrática para desmistificar o 13 de maio. Esse foi o lema, deste ano, da grande marcha da "falsa abolição" ocorrida em 1888, no Rio de Janeiro, onde mais de milhares de pessoas, entre elas Benedita da Silva* , protestaram contra a falsa ideia de liberdade. 
“A libertação dos escravos foi tímida, porque os escravos foram libertos entre aspas. Não tinha lugar para colocar as crianças, mulheres e idosos. Que mercado de trabalho estava reservado pra eles? Que tipo de habitação? Qual era a relação de salário? Qual era também a questão da escolaridade? Havia liberdade nas manifestações culturais? Livres pra quê? Pra passar fome e uma série de situações. Então, na Constituinte foi o grande momento desse debate”, comenta a deputada. Uma das maiores dificuldades enfrentadas na Constituinte, relata Benedita, foi desmitificar a ideia de que no Brasil não existe discriminação racial.
“Não foi fácil compreender essa questão. Com o mito da democracia racial era difícil aceitar que existia racismo. Falamos de racismo na relação de trabalho, na escolaridade, fomos fazendo todos os recortes necessários que víamos desde o processo da escravatura no Brasil. A gente também destacou o papel da mulher negra nesse contexto da escravidão e pós abolição”, ressalta. 
* Primeira mulher negra a atingir os mais altos cargos da história do Brasil, eleita vereadora, deputada federal, senadora e vice-governadora do Rio de Janeiro.

Disponível em:  . Acesso em: 19 mai. 2018. [Adaptado]

No primeiro parágrafo do texto 2, há lacunas que devem ser preenchidas. Você deve selecionar a alternativa que complete o texto adequadamente.

TEXTO 4
Ricos "não deveriam usar o SUS", diz Drauzio Varella

O médico mais famoso do Brasil não tem papas na língua. Aos 75 anos, o paulistano Drauzio Varella é dono de opiniões fortes - e polêmicas. Em entrevista à BBC Brasil no Reino Unido, onde participou de um ciclo de palestras organizado por estudantes brasileiros, ele defendeu que os ricos deixem de usar o Sistema Único de Saúde (SUS).
"[…] Ousou dizer que saúde é um bem de todos e um dever de Estado (…). Acho que, num país com a desigualdade do Brasil, temos uma parte da população com condições econômicas bastante favoráveis que não deveria usar o SUS. Deveria deixá-lo para quem não tem outra alternativa [...]. Então, não tem sentido de eu estar ocupando o lugar do outro, tenho que me entender com a iniciativa privada", diz. 
BBC Brasil: O sr. vem atuando em penitenciárias brasileiras há muito tempo. Essa dedicação gerou três livros entre eles o bestseller Carandiru, que virou filme. Como o sr. vê a atual situação das penitenciárias brasileiras?
Drauzio Varella: A sociedade brasileira, na qual eu me incluo, quer ver bandido na cadeia. Quando cheguei ao sistema penitenciário, em 1989, no antigo Carandiru, o Brasil tinha 90 mil prisioneiros, entre homens e mulheres. A população total de presos hoje no Brasil está na casa dos 720 mil. Encarceramos muito mais do que no passado. Sete vezes mais. Mas a população do país não aumentou sete vezes mais de 1989 para cá. E a segurança pública melhorou nas cidades brasileiras? É isso que ninguém reflete. Está na cara que isso é uma guerra perdida. Não é assim que vamos resolver o problema. Não é desse jeito. Encarcerar simplesmente não melhora a segurança nas cidades. A gente se esquece de que esses que estão sendo presos vão ser libertados em pouco tempo. Mas quando voltam, voltam mais preparados para o crime. Vão conviver com os mais velhos, que participam de facções criminosas. Vão sair da cadeia mais organizados, mais articulados, do que quando entraram. O encarceramento tem que ser repensado. Está certo prender por quatro anos uma menina que coloca droga na vagina e leva para o namorado? Quem aqui ganha com isso?

Disponível em: 16/05/2016. Acesso em 19 maio. 2018. [Adaptado].

Na sequência da entrevista do texto 4, temos o seguinte fragmento: “Durante __________ conversa, Varella também falou sobre sua experiência nos presídios brasileiros, nos quais é voluntário __________ décadas. Também discorre sobre temas que costumam gerar polêmica, como __________ descriminalização das drogas, o aborto, __________ homossexualidade e o papel da fé no processo de cura”. Marque a alternativa que completa adequadamente esse fragmento do texto 4:

...... mobilização dos mais diversos profissionais que faziam ...... vezes de figurantes da ópera e dos estudantes que participavam do coro da Ufgrs, ...... que se acrescentar a dedicação do maestro Pablo Komlós, formado pela Academia Real da Hungria, sob a orientação de Kodály, então ...... frente da Ospa, em que se manteve até 1978.

Preenche correta e respectivamente as lacunas da frase acima: 

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