A manifestação de preconceito de cor contra negros teve queda no país, segundo pesquisa do Datafolha que repetiu
perguntas feitas aos brasileiros em 1995. Neste ano, 3% dos entrevistados afirmaram ter preconceito — eram 11% há 13 anos. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos. Há, porém, forte percepção de que o Brasil é um país racista. Para 91% dos entrevistados, os brancos têm preconceito
contra os negros. O resultado oscilou dentro da margem de erro de 1995.
A proporção de entrevistados que se autodeclaram brancos caiu, e aumentou a dos que se dizem pardos. Indicadores de salário e escolaridade entre a população negra tiveram melhora, e houve queda no grau de concordância com frases racistas. Segundo o Datafolha, o preconceito é menor quanto maior for o nível de escolaridade.
Folha de S.Paulo , 23/11/2008, capa (com adaptações).
No Brasil, a discriminação racial é fenômeno de raízes históricas que, nos dias atuais, tende a ser reduzido, inclusive com o surgimento de normas legais que tipificam o racismo como crime inafiançável e imprescritível. Entre os fatores históricos decisivos para a discriminação contra os negros e seus descendentes na sociedade brasileira, certamente ocupa posição de destaque
a) a experiência da escravidão, que perdurou por séculos.
b) o predomínio absoluto de descendentes de europeus na composição étnica nacional.
c) o acesso igualitário de todos os grupos étnicos à educação.
d) a maior capacidade atlética dos negros frente aos demais grupos étnicos brasileiros, o que os torna representantes do país em eventos esportivos internacionais.
e) o monopólio dos negros na direção e no controle da economia brasileira.