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Simulado: Correios - Carteiro: questões Português (Interpretação) com gabarito

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Texto associado.

A epístola é um implacável recurso narrativo, pressupõe o diálogo com outrem, comove e se impõe pela interlocução direta e sincera. Mariana Alcoforado usou a correspondência para atenuar a saudade do conde de Chamilly e, não fosse o casal perfeito papel-tinta, o amor proibido da freira portuguesa pelo capitão de cavalaria francês, uma das histórias mais fascinantes de arrebatamento, nunca seria conhecido.

Se as cartas de amor são ridículas, como preceituava Fernando Pessoa, mais ridículo é quem as despreza. É uma arma de insistência. Uma tática da devoção. Foi um bilhete posto furtivamente no casaco que baqueou o coração da escritora Martha Medeiros, autora do poema Cartas Extraviadas. “Sou da era pré-Internet, então já escrevi e recebi inúmeras cartas, e guardo a maioria delas. Hoje me rendo ao email, que é um facilitador de contatos. Nada tenho contra a instantaneidade, mas reconheço que as emoções hoje andam tão efêmeras que mal rendem um parágrafo, quanto mais uma lauda toda manuscrita”, confessa a autora.19

Fabrício Carpinejar. Cartas e literatura: um amor por escrito. In: Revista da Cultura, edição 12, jul./2008, p. 12-4 (com adaptações).

Considerando que, no texto, o autor utiliza diferentes formas para se referir a correspondências, assinale a opção em que a palavra ou expressão do texto está em sentido figurado.


Texto associado.

Rio de Janeiro, 2 de março de 1869.

Minha Carola.

Já a esta hora deves ter em mão a carta que te mandei hoje mesmo, em resposta às duas que ontem recebi. Nela foi explicada a razão de não teres carta no domingo; deves ter recebido duas na segunda-feira.

Queres saber o que fiz no domingo? Trabalhei e estive em casa. Saudades de minha C., tive-as como podes imaginar, 7 e mais ainda, estive aflito, como te contei, por não ter tido cartas tuas durante dois dias. Afirmo-te que foi um dos mais tristes que tenho passado.

Contou-me hoje o Araújo que, encontrando-se, num dos carros que fazem viagem para Botafogo e Laranjeiras, com o Miguel, este lhe dissera que andava procurando casa por ter alugado a outra. Não sei se essa casa que ele procura é só para ele ou se para toda a família. Achei conveniente comunicar-te isto; não sei se já sabes alguma coisa a este respeito. No entanto, espero também a tua resposta ao que te mandei dizer na carta de ontem, relativamente à mudança.

Dizes que, quando lês algum livro, ouves unicamente as minhas palavras, e que eu te apareço em tudo e em toda a parte? É então certo que eu ocupo o teu pensamento e a tua vida? Já mo disseste tanta vez, e eu sempre a perguntar-te a mesma cousa, tamanha me parece esta felicidade. Pois, olha; eu queria que lesses um livro que eu acabei de ler há dias; intitula- se: A Família. Hei de comprar um exemplar para lermos em nossa casa como uma espécie de Bíblia sagrada. É um livro sério, elevado e profundo; a simples leitura dele dá vontade de casar.

Faltam quatro dias; daqui a quatro dias terás lá a melhor carta que eu te poderei mandar, que é a minha própria pessoa, e ao mesmo tempo lerei o melhor...

MACHADINHO

Museu da República. Arquivo histórico. Versão digitada do manuscrito original. Internet: (com adaptações).

Assinale a opção em que é apresentado trecho do texto seguido de proposta de alteração com a correta equivalência de sentido.


Texto associado.

A epístola é um implacável recurso narrativo, pressupõe o diálogo com outrem, comove e se impõe pela interlocução direta e sincera. Mariana Alcoforado usou a correspondência para atenuar a saudade do conde de Chamilly e, não fosse o casal perfeito papel-tinta, o amor proibido da freira portuguesa pelo capitão de cavalaria francês, uma das histórias mais fascinantes de arrebatamento, nunca seria conhecido.

Se as cartas de amor são ridículas, como preceituava Fernando Pessoa, mais ridículo é quem as despreza. É uma arma de insistência. Uma tática da devoção. Foi um bilhete posto furtivamente no casaco que baqueou o coração da escritora Martha Medeiros, autora do poema Cartas Extraviadas. “Sou da era pré-Internet, então já escrevi e recebi inúmeras cartas, e guardo a maioria delas. Hoje me rendo ao email, que é um facilitador de contatos. Nada tenho contra a instantaneidade, mas reconheço que as emoções hoje andam tão efêmeras que mal rendem um parágrafo, quanto mais uma lauda toda manuscrita”, confessa a autora.19

Fabrício Carpinejar. Cartas e literatura: um amor por escrito. In: Revista da Cultura, edição 12, jul./2008, p. 12-4 (com adaptações).

No trecho “Se as cartas de amor são ridículas, como preceituava Fernando Pessoa, mais ridículo é quem as despreza. É uma arma de insistência. Uma tática da devoção” (l.9-11), o autor compara a carta de amor a “arma” e “tática”. Ao utilizar essas palavras, o autor constrói uma representação da ação de conquista do ser amado, comparando-a a


Texto associado.

Em 1979, Mandy, uma garota de 13 anos de idade, participou de uma excursão em uma ilha da Escócia. Lá, resolveu colocar uma carta em uma garrafa e jogá-la ao mar.No bilhete, ela dizia que precisava de um penpal — um amigo por correspondência.

Dois anos depois, o pequeno Richard, então com 6 anos, encontrou a garrafa no litoral. Maravilhado, o garotinho resolveu responder a Mandy, dizendo que queria ser o amigo de correspondência da menina, que, por causa da
diferença de idade, não lhe respondeu.

Mandy, que, hoje, tem 45 anos, é mãe de três filhos e vive em Beverley, na Inglaterra, revirava suas coisas quando encontrou o cartão-postal que recebera de Richard, em 1981.Ela resolveu mostrá-lo a seu atual namorado, que também se chama Richard e tem 36 anos de idade. Ao ler o postal, Richard, surpreso, reconheceu-se como o garotinho que escrevera a Mandy.

Ao jornal The Sun, Mandy falou sobre a incrível coincidência: “Foi maravilhoso. Eu então percebi que ele era o pequeno garotinho que me mandou aquele cartão-postal há tantos anos. Eu fiquei chocada, quase desmaiei. É doido
pensar que foi Richard quem escreveu para mim. É como se nós, que crescemos a quilômetros de distância um do outro, tivéssemos passado a vida toda juntos”, contou.

Internet: (com adaptações).

Da leitura do texto acima entende-se que


Texto associado.

Rio de Janeiro, 2 de março de 1869.

Minha Carola.

Já a esta hora deves ter em mão a carta que te mandei hoje mesmo, em resposta às duas que ontem recebi. Nela foi explicada a razão de não teres carta no domingo; deves ter recebido duas na segunda-feira.

Queres saber o que fiz no domingo? Trabalhei e estive em casa. Saudades de minha C., tive-as como podes imaginar, 7 e mais ainda, estive aflito, como te contei, por não ter tido cartas tuas durante dois dias. Afirmo-te que foi um dos mais tristes que tenho passado.

Contou-me hoje o Araújo que, encontrando-se, num dos carros que fazem viagem para Botafogo e Laranjeiras, com o Miguel, este lhe dissera que andava procurando casa por ter alugado a outra. Não sei se essa casa que ele procura é só para ele ou se para toda a família. Achei conveniente comunicar-te isto; não sei se já sabes alguma coisa a este respeito. No entanto, espero também a tua resposta ao que te mandei dizer na carta de ontem, relativamente à mudança.

Dizes que, quando lês algum livro, ouves unicamente as minhas palavras, e que eu te apareço em tudo e em toda a parte? É então certo que eu ocupo o teu pensamento e a tua vida? Já mo disseste tanta vez, e eu sempre a perguntar-te a mesma cousa, tamanha me parece esta felicidade. Pois, olha; eu queria que lesses um livro que eu acabei de ler há dias; intitula- se: A Família. Hei de comprar um exemplar para lermos em nossa casa como uma espécie de Bíblia sagrada. É um livro sério, elevado e profundo; a simples leitura dele dá vontade de casar.

Faltam quatro dias; daqui a quatro dias terás lá a melhor carta que eu te poderei mandar, que é a minha própria pessoa, e ao mesmo tempo lerei o melhor...

MACHADINHO

Museu da República. Arquivo histórico. Versão digitada do manuscrito original. Internet: (com adaptações).

Acerca das ideias contidas na carta apresentada acima, assinale a opção correta.


Texto associado.

Arrancar a máscara

“Arrancar a máscara” é evidenciar a verdadeira face, revelando a expressão legítima, oculta pelo disfarce. Tornar público o escondido.

Na Grécia e em Roma, os atores representavam sempre mascarados. A máscara denunciava o caráter do personagem em cena. Não se via o rosto do artista que vivia o papel humorístico ou trágico. A máscara, impassível, valia permanentemente pela figura. Quando o ator trabalhava mal, irritando os espectadores pelo desempenho inferior e falso, a assistência, grega ou romana, podia exigir que ele tirasse a máscara do rosto, exibindo-se, para que recebesse diretamente a demonstração do desagrado coletivo. Se algum ator era obrigado a arrancar a máscara, subentendia-se a infelicidade da interpretação artística. Estava, pelo menos naquela ocasião,
repelido das simpatias e dos aplausos.

Identificava-se, portanto, o responsável pelo fracasso na legitimidade das feições. Já desapareceu, há duzentos anos, o uso da máscara nos palcos, mas a frase “Arrancar a máscara”, nascida de um milenar direito do auditório, continua sendo aplicada a situações inteiramente alheias ao teatro.

É uma das contemporaneidades do milênio.

Luís da Câmara Cascudo. Coisas que o povo diz.
São Paulo: Global, 2009, p. 34 (com adaptações).

Infere-se da leitura do texto que, no teatro grego e no romano, o ator


Texto associado.

A epístola é um implacável recurso narrativo, pressupõe o diálogo com outrem, comove e se impõe pela interlocução direta e sincera. Mariana Alcoforado usou a correspondência para atenuar a saudade do conde de Chamilly e, não fosse o casal perfeito papel-tinta, o amor proibido da freira portuguesa pelo capitão de cavalaria francês, uma das histórias mais fascinantes de arrebatamento, nunca seria conhecido.

Se as cartas de amor são ridículas, como preceituava Fernando Pessoa, mais ridículo é quem as despreza. É uma arma de insistência. Uma tática da devoção. Foi um bilhete posto furtivamente no casaco que baqueou o coração da escritora Martha Medeiros, autora do poema Cartas Extraviadas. “Sou da era pré-Internet, então já escrevi e recebi inúmeras cartas, e guardo a maioria delas. Hoje me rendo ao email, que é um facilitador de contatos. Nada tenho contra a instantaneidade, mas reconheço que as emoções hoje andam tão efêmeras que mal rendem um parágrafo, quanto mais uma lauda toda manuscrita”, confessa a autora.19

Fabrício Carpinejar. Cartas e literatura: um amor por escrito. In: Revista da Cultura, edição 12, jul./2008, p. 12-4 (com adaptações).

Assinale a opção correta de acordo com as ideias do texto.


Texto associado.

Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:

— Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
— O senhor tem hora?
O sujeito olha para o relógio e diz:
— Sim. São duas e meia.
— Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
— O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga o aluguel do consultório...

Internet: (com adaptações).

No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele


Resolver simuladosEscolaridadeQuantidade
Interpretação de TextosEnsino Superior272
SintaxeEnsino Médio28
Interpretação TextualEnsino Médio17
Interpretação de TextoEnsino Médio13
PontuaçãoEnsino Médio8
MorfologiaEnsino Superior8
VerbosEnsino Médio8
Flexão VerbalEnsino Médio7
Locução AdverbialEnsino Médio7
OrtografiaEnsino Médio5

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