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Simulado: Transitividade Verbal: Exercícios com Gabarito

10 questões | Português, Verbo, Ensino Médio

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Texto associado.

(FCC) Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Na costa noroeste da África, cerca de 230 quilômetros ao sul das Ilhas Canárias, a linha costeira se estende ligeiramente, formando uma protuberância conhecida como cabo Bojador. Para os europeus do início do século XV, o Bojador marcava a fronteira entre o conhecido e o desconhecido. Ao norte do cabo estavam a civilização e as cidades esclarecidas. Ao sul ficavam as terras místicas da África e do Mar da Escuridão. Nenhum marinheiro desde os antigos cartagineses tinha se aventurado ao sul do Bojador e retornado.

Entre 1424 e 1434, o infante dom Henrique de Portugal enviou catorze expedições de navios para circundar o perigoso cabo, com seus mortais bancos de areia, redemoinhos e violentas tempestades. Todas fracassaram. O insondável, no entanto, revelava-se uma tentação irresistível. Inabalável, o infante dom Henrique despachou o explorador Gil Eanes para uma décima quinta tentativa. Em sua viagem, Eanes passou a grande distância do Bojador, desviando-se acentuadamente para oeste e penetrando no Mar da Escuridão. Ao virar para o sul, olhou por sobre o ombro e ficou estarrecido ao perceber que deixara o temido cabo para trás. Na viagem seguinte, em 1453, Eanes voltou a contornar o Bojador e ancorou numa baía a mais de duzentos quilômetros ao sul. Ali, viu pegadas humanas, de camelos…

Na visão dos historiadores, dom Henrique não mandou seus navios para o sul, para a África, com o objetivo de colonizar seu território ou abrir novas rotas de comércio. Não, ele queria simplesmente descobrir o que havia para ser descoberto. A necessidade de encontrar, inventar, conhecer o desconhecido parece tão profundamente humana que não podemos imaginar nossa história sem ela. No fim, esse desejo profundo acaba por superar o medo do desconhecido e até mesmo o medo do perigo pessoal e da morte. O que resta é a emoção da descoberta.

(Adaptado de: LIGHTMAN, Alan. As descobertas: os grandes avanços das ciências no século XX. Trad. George Schlesinger. São Paulo, Companhia das Letras, 2015, p. 6-7)

Para os europeus do início do século XV, o Bojador marcava a fronteira entre o conhecido e o desconhecido. (1° parágrafo)

A forma verbal sublinhada é empregada como verbo transitivo direto. Uma forma verbal que, no contexto, apresenta essa mesma transitividade está em:


Classifique os verbos das frases abaixo quanto à transitividade.

I. Eu escutei algo.

II. Pais lamentam o descaso com a educação.

III: Preciso de carona.

IV. Agradeço a todos a presença.

V. Ao filho o pai chamou.


(UCMG-Adaptada)

“A vergonha foi enorme.” – transitivo direto e indireto

“Procura insistentemente perturbar-me a memória.” – transitivo direto

“Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós.” – de ligação

“Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos imediatamente.” – transitivo direto

“Ela nos encontrará, portanto é só fazer o pedido.” – transitivo direto

A classificação dos verbos sublinhados, quanto à predicação, foi feita corretamente apenas em:


(UFV) Dependendo do contexto, um verbo normalmente intransitivo pode tornar-se transitivo. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo:


Texto associado.

(Unirio) TERRA

“Tudo tão pobre. Tudo tão longe do conforto e da civilização, da boa cidade com as suas pompas e as suas obras. Aqui, a gente tem apenas o mínimo e até esse mínimo é chorado.

Nem paisagem tem, no sentido tradicional de paisagem. Agora, por exemplo, fins d’águas e começos de agosto, o mato já está todo zarolho. E o que não é zarolho é porque já secou. Folha que resta é vermelha, caíram as últimas flores das catingueiras e dos paus-d’arco, e não haveria mais flor nenhuma não fossem as campânulas das salsas, roxas e rasteiras.

No horizonte largo tudo vai ficando entre sépia e cinza, salvo as manchas verdes, aqui e além, dos velhos juazeiros ou das novatas algarobas. E os serrotes de pedra quando o sol bate neles de chapa, tira faíscas de arco-íris. E a água, a própria água, não dá impressão de fresca: nos pratos-d’água espelhantes ela tem reflexos de aço, que dói nos olhos.

A casa fica num alto lavado de ventos. Casa tão rústica, austera como um convento pobre, as paredes caiadas, os ladrilhos vermelhos, o soalho areado. As instalações rudimentares, a lenha a queimar o fogão, a água de beber a refrescar nos potes. O encanamento novo é um anacronismo, a geladeira entre os móveis primitivos de camaru parece sentir-se mal.

Não tem jardim: as zínias e os manjericões que levantavam um muro colorido ao pé dos estacotes, estão ressequidos como ramos bentos guardados num baú. Também não tem pomar, fora os coqueiros e as bananeiras do baixo.

Não tem nada dos encantos tradicionais do campo, como os conhecimentos pelo mundo além. Nem sebes floridas, nem regatos arrulhantes, nem sombrios frescos do bosque – só se a gente der para chamar a caatinga de bosque.

Não, aqui não há por onde tentar a velha comparação, a clássica comparação dos encantos do campo aos encantos da cidade. Aqui não há encantos. Pode-se afirmar com segurança que isto por aqui não chega sequer a ser campo. É apenas sertão e caatinga. As delgadas, escuras cercas de pau-a-pique cavalgando as lombadas, o horizonte redondo e desnudo, o vento nordeste varrendo os ariscos.

Comparo este mistério do Nordeste ao mistério de Israel. Aquela terra árida, aquelas águas mornas, aqueles pedregulhos, aqueles cardos, aquelas oliveiras de parca folhagem empoeirada – por que tanta luta por ela, milênios de amor, de guerra e saudade?

Por que tanto suor e carinho no cultivo daquele chão que aparentemente só dá pedra, espinho e garrancho?

Não sei. Mistério é assim: está aí e ninguém sabe. Talvez a gente se sinta mais puros, mais nus, mais lavados. E depois a gente sonha. Naquele cabeço limpo vou plantar uma árvore enorme. Naquelas duas ombreiras a cavaleiro da grota dá para fazer um açudinho. No pé da parede caberão uns coqueiros e no choro da revência, quem sabe, há de dar umas leiras de melancia em novembro.

Aqui tudo é diferente. Você vê falar em ovelhas – e evoca prados relvosos, os brancos carneirinhos redondos de lã. Mas as nossas ovelhas se confundem com as cabras e têm o pêlo vermelho e curto de cachorro-do-mato; verdade que os cordeirinhos são lindos.

Sim, só comparo o Nordeste à Terra Santa. Homens magros, tostados, ascéticos. A carne de bode, o queijo duro, a fruta de lavra seca, o grão cozido n’água e sal. Um poço, uma lagoa é como um sol líquido, em torno do qual gravitam as plantas, os homens e os bichos. Pequenas ilhas d’água cercadas de terra por todos os lados e em redor dessas ilhas a vida se concentra.

O mais é paz, o sol, o mormaço.”

Raquel de Queirós

Assinale a opção correta quanto à predicação atribuída ao verbo sublinhado na passagem do texto:


Julgue as alternativas em verdadeiro ou falso em relação à transitividade verbal nas orações abaixo.

I. Pedro gosta de viajar.

II. Chamei um mecânico.

III. O pneu furou.

IV. Entregou os documentos ao juiz.

I possui um verbo transitivo indireto e II possui um verbo intransitivo.

III possui um verbo transitivo indireto e IV possui um verbo transitivo direto e indireto.

IV possui um verbo transitivo direto e indireto; e II possui um verbo transitivo direto.

III possui um verbo intransitivo e I possui um verbo transitivo indireto.

II possui um verbo transitivo direto e IV possui um verbo transitivo direto e indireto.


Classifique os verbos em negrito quanto a sua transitividade.

I. Daremos à moça o auxílio necessário.

II. A aprovação, conquistei-a após muito estudo.

III. O trabalho produz a riqueza.

IV. O cão obedece a seus instintos.

V. As pessoas gritavam.


Texto associado.

(FAAP) OLHOS DE RESSACA

"Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momentos houve que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã." (Machado de Assis)

Só um destes verbos é transitivo direto, ao lado do qual aparece o objeto direto:


Texto associado.

(ITA) OS CÃES

- Lutar. Podes escachá-los ou não; o essencial* é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta* é um mar morto no centro do organismo universal.

DAÍ A POUCO demos COM UMA BRIGA de cães; fato que AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR não teria valor, Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que ao pé deles* estava um osso, MOTIVO DA GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância de que o osso não tinha carne. Um simples osso nu. Os cães mordiam-se*, rosnavam, COM O FUROR NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala DEBAIXO DO BRAÇO, e parecia em êxtase.

- Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. Quis arrancá-lo dali, mas não pude; ele estava arraigado AO CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga cessou* INTEIRAMENTE, e um dos cães, MORDIDO e vencido, foi levar a sua fome A OUTRA PARTE. Notei que ficara sinceramente ALEGRE, posto* contivesse a ALEGRIA, segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar a beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação do alimento era nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em algumas partes do globo o espetáculo é mais grandioso: as criaturas humanas é que disputam aos cães os ossos e outros manjares menos APETECÍVEIS; luta que se complica muito, porque entra em ação a inteligência do homem, com todo o acúmulo de sagacidade que lhe deram os séculos etc.

Quanto à predicação, os verbos "mordiam, cessou, disputam" classificam-se, no texto, respectivamente como:


(Mackenzie) (…) “Do Pantanal, corra até Bonito, onde um mundo de águas cristalinas faz tudo parecer um imenso aquário.” (O Estado de São Paulo)

Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação dos verbos do período acima, quanto à sua predicação.


Resolver simuladosEscolaridadeQuantidade
Interpretação de TextosEnsino Superior272
SintaxeEnsino Médio28
Interpretação TextualEnsino Médio17
Interpretação de TextoEnsino Médio13
PontuaçãoEnsino Médio8
MorfologiaEnsino Superior8
VerbosEnsino Médio8
Flexão VerbalEnsino Médio7
Locução AdverbialEnsino Médio7
OrtografiaEnsino Médio5

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