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Texto associado.
O prazer da leitura

“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma
teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendose
as letras do alfabeto. Primeiro as letras, as sílabas. Depois,
aparecem as palavras... E assim era. Se é assim que se ensina
a ler, imagino que o ensino da música deveria se chamar
“dorremizar”: aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas, e a
música aparece! Todo mundo sabe que não é assim que se
ensina música. A mãe pega o nenezinho e o embala, cantando
uma canção de ninar. O que o nenezinho ouve é a música, e
não cada nota, separadamente! A aprendizagem da música
começa como percepção de uma totalidade – e nunca com o
conhecimento das partes.

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa
quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que
moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as
palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura
começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê, e
a criança escuta com prazer; a criança se volta para aqueles
sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los,
compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo
das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz
de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da
pessoa que o está lendo.

No primeiro momento, o professor, no ato de ler para os seus
alunos, é o mediador que os liga ao prazer do texto. Confesso
nunca ter tido prazer algum em aulas de gramática ou de análise
sintática. Não foi nelas que aprendi as delícias da literatura. Mas
me lembro com alegria das aulas de leitura. Na verdade, não
eram aulas. Eram concertos. A professora lia, e nós ouvíamos
extasiados. Ninguém falava. Antes de ler Monteiro Lobato, eu o
ouvi. E o bom era que não havia provas sobre aquelas aulas.
Era prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a
experiência prazerosa de leitura e a experiência de ler a fim de
responder questionários de interpretação.

Onde se encontra o prazer do texto, o seu poder de seduzir?
Tive a resposta para essa questão acidentalmente. Alguém me
disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e
citou o primeiro verso. Fiquei feliz porque eu também amava
aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema –
aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As
palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa
estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois
elementos: as palavras, com o seu significado. E a música...

Percebi, então, que todo texto literário é uma partitura musical.
As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele
domina a técnica, se ele está possuído pelo texto – a beleza
acontece. Mas, se aquele que lê não domina a técnica, a leitura
não produz prazer: queremos que ela termine logo.

Assim, quem ensina a ler tem de ser um artista. Deveria ser
estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de
leitura”. Ouvindo, os alunos experimentariam os prazeres do ler.
E aconteceria com a leitura o mesmo que acontece com a
música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível
esquecer.

Leitura é coisa perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler,
a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas
sobre gramática, que não houve tempo para serem iniciados na
beleza musical do texto literário. Ler literatura é fazer amor com
as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as
crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler, elas já
são sensíveis à sua beleza.

(Rubem Alves. Texto disponível em:
http://www.rubemalves.com.br/oprazerdaleitura.htm. Acesso em
05/11/2011. Adaptado.)
Observe o trecho: “Existe uma incompatibilidade total entre a experiência prazerosa de leitura e a experiência de ler a fim de responder questionários de interpretação.” Nesse ponto do texto, o autor:
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Texto associado.
O prazer da leitura

“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma
teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendose
as letras do alfabeto. Primeiro as letras, as sílabas. Depois,
aparecem as palavras... E assim era. Se é assim que se ensina
a ler, imagino que o ensino da música deveria se chamar
“dorremizar”: aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas, e a
música aparece! Todo mundo sabe que não é assim que se
ensina música. A mãe pega o nenezinho e o embala, cantando
uma canção de ninar. O que o nenezinho ouve é a música, e
não cada nota, separadamente! A aprendizagem da música
começa como percepção de uma totalidade – e nunca com o
conhecimento das partes.

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa
quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que
moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as
palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura
começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê, e
a criança escuta com prazer; a criança se volta para aqueles
sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los,
compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo
das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz
de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da
pessoa que o está lendo.

No primeiro momento, o professor, no ato de ler para os seus
alunos, é o mediador que os liga ao prazer do texto. Confesso
nunca ter tido prazer algum em aulas de gramática ou de análise
sintática. Não foi nelas que aprendi as delícias da literatura. Mas
me lembro com alegria das aulas de leitura. Na verdade, não
eram aulas. Eram concertos. A professora lia, e nós ouvíamos
extasiados. Ninguém falava. Antes de ler Monteiro Lobato, eu o
ouvi. E o bom era que não havia provas sobre aquelas aulas.
Era prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a
experiência prazerosa de leitura e a experiência de ler a fim de
responder questionários de interpretação.

Onde se encontra o prazer do texto, o seu poder de seduzir?
Tive a resposta para essa questão acidentalmente. Alguém me
disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e
citou o primeiro verso. Fiquei feliz porque eu também amava
aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema –
aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As
palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa
estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois
elementos: as palavras, com o seu significado. E a música...

Percebi, então, que todo texto literário é uma partitura musical.
As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele
domina a técnica, se ele está possuído pelo texto – a beleza
acontece. Mas, se aquele que lê não domina a técnica, a leitura
não produz prazer: queremos que ela termine logo.

Assim, quem ensina a ler tem de ser um artista. Deveria ser
estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de
leitura”. Ouvindo, os alunos experimentariam os prazeres do ler.
E aconteceria com a leitura o mesmo que acontece com a
música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível
esquecer.

Leitura é coisa perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler,
a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas
sobre gramática, que não houve tempo para serem iniciados na
beleza musical do texto literário. Ler literatura é fazer amor com
as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as
crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler, elas já
são sensíveis à sua beleza.

(Rubem Alves. Texto disponível em:
http://www.rubemalves.com.br/oprazerdaleitura.htm. Acesso em
05/11/2011. Adaptado.)
O trecho que justifica a aproximação que o autor propõe entre a aprendizagem da leitura e a outra da música consta na alternativa:
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Texto associado.
O prazer da leitura

“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma
teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendose
as letras do alfabeto. Primeiro as letras, as sílabas. Depois,
aparecem as palavras... E assim era. Se é assim que se ensina
a ler, imagino que o ensino da música deveria se chamar
“dorremizar”: aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas, e a
música aparece! Todo mundo sabe que não é assim que se
ensina música. A mãe pega o nenezinho e o embala, cantando
uma canção de ninar. O que o nenezinho ouve é a música, e
não cada nota, separadamente! A aprendizagem da música
começa como percepção de uma totalidade – e nunca com o
conhecimento das partes.

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa
quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que
moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as
palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura
começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê, e
a criança escuta com prazer; a criança se volta para aqueles
sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los,
compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo
das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz
de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da
pessoa que o está lendo.

No primeiro momento, o professor, no ato de ler para os seus
alunos, é o mediador que os liga ao prazer do texto. Confesso
nunca ter tido prazer algum em aulas de gramática ou de análise
sintática. Não foi nelas que aprendi as delícias da literatura. Mas
me lembro com alegria das aulas de leitura. Na verdade, não
eram aulas. Eram concertos. A professora lia, e nós ouvíamos
extasiados. Ninguém falava. Antes de ler Monteiro Lobato, eu o
ouvi. E o bom era que não havia provas sobre aquelas aulas.
Era prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a
experiência prazerosa de leitura e a experiência de ler a fim de
responder questionários de interpretação.

Onde se encontra o prazer do texto, o seu poder de seduzir?
Tive a resposta para essa questão acidentalmente. Alguém me
disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e
citou o primeiro verso. Fiquei feliz porque eu também amava
aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema –
aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As
palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa
estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois
elementos: as palavras, com o seu significado. E a música...

Percebi, então, que todo texto literário é uma partitura musical.
As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele
domina a técnica, se ele está possuído pelo texto – a beleza
acontece. Mas, se aquele que lê não domina a técnica, a leitura
não produz prazer: queremos que ela termine logo.

Assim, quem ensina a ler tem de ser um artista. Deveria ser
estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de
leitura”. Ouvindo, os alunos experimentariam os prazeres do ler.
E aconteceria com a leitura o mesmo que acontece com a
música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível
esquecer.

Leitura é coisa perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler,
a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas
sobre gramática, que não houve tempo para serem iniciados na
beleza musical do texto literário. Ler literatura é fazer amor com
as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as
crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler, elas já
são sensíveis à sua beleza.

(Rubem Alves. Texto disponível em:
http://www.rubemalves.com.br/oprazerdaleitura.htm. Acesso em
05/11/2011. Adaptado.)
No texto aparece a afirmação de que: “não houve
tempo para [os alunos] serem iniciados na beleza
musical do texto literário”. Do ponto de vista da
concordância verbal, o uso do verbo haver também
estaria correto em:
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O prazer da leitura

“Alfabetizar“, palavra aparentemente inocente, contém uma
teoria de como se aprende a ler. Aprende-se a ler aprendendose
as letras do alfabeto. Primeiro as letras, as sílabas. Depois,
aparecem as palavras... E assim era. Se é assim que se ensina
a ler, imagino que o ensino da música deveria se chamar
“dorremizar”: aprender o dó, o ré, o mi... Juntam-se as notas, e a
música aparece! Todo mundo sabe que não é assim que se
ensina música. A mãe pega o nenezinho e o embala, cantando
uma canção de ninar. O que o nenezinho ouve é a música, e
não cada nota, separadamente! A aprendizagem da música
começa como percepção de uma totalidade – e nunca com o
conhecimento das partes.

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa
quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que
moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as
palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura
começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê, e
a criança escuta com prazer; a criança se volta para aqueles
sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los,
compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo
das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz
de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da
pessoa que o está lendo.

No primeiro momento, o professor, no ato de ler para os seus
alunos, é o mediador que os liga ao prazer do texto. Confesso
nunca ter tido prazer algum em aulas de gramática ou de análise
sintática. Não foi nelas que aprendi as delícias da literatura. Mas
me lembro com alegria das aulas de leitura. Na verdade, não
eram aulas. Eram concertos. A professora lia, e nós ouvíamos
extasiados. Ninguém falava. Antes de ler Monteiro Lobato, eu o
ouvi. E o bom era que não havia provas sobre aquelas aulas.
Era prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a
experiência prazerosa de leitura e a experiência de ler a fim de
responder questionários de interpretação.

Onde se encontra o prazer do texto, o seu poder de seduzir?
Tive a resposta para essa questão acidentalmente. Alguém me
disse que havia lido um lindo poema de Fernando Pessoa, e
citou o primeiro verso. Fiquei feliz porque eu também amava
aquele poema. Aí ele começou a lê-lo. Estremeci. O poema –
aquele poema que eu amava – estava horrível na sua leitura. As
palavras que ele lia eram as palavras certas. Mas alguma coisa
estava errada! A música estava errada! Todo texto tem dois
elementos: as palavras, com o seu significado. E a música...

Percebi, então, que todo texto literário é uma partitura musical.
As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele
domina a técnica, se ele está possuído pelo texto – a beleza
acontece. Mas, se aquele que lê não domina a técnica, a leitura
não produz prazer: queremos que ela termine logo.

Assim, quem ensina a ler tem de ser um artista. Deveria ser
estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de
leitura”. Ouvindo, os alunos experimentariam os prazeres do ler.
E aconteceria com a leitura o mesmo que acontece com a
música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível
esquecer.

Leitura é coisa perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler,
a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas
sobre gramática, que não houve tempo para serem iniciados na
beleza musical do texto literário. Ler literatura é fazer amor com
as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as
crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler, elas já
são sensíveis à sua beleza.

(Rubem Alves. Texto disponível em:
http://www.rubemalves.com.br/oprazerdaleitura.htm. Acesso em
05/11/2011. Adaptado.)
Observe o trecho: “Se aquele que lê é um artista, se
ele domina a técnica, se ele está possuído pelo texto –
a beleza acontece.” A propósito do segmento em
destaque, podemos dizer que:

1) a recorrência da conjunção ‘se’ torna o texto
menos adequado aos padrões da escrita.

2) se trata de uma repetição com a função de
enfatizar a ideia expressa.
3) a conjunção repetida poderia também ter um
sentido de temporalidade (‘quando...’).

4) repetir palavras é, sempre, um recurso não
recomendado para textos em norma culta.

Estão corretas:
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Correlacione os componentes de um computador de acordo com a sua classificação.

1) CPU                     ( ) Pentium 4
2) Periférico              ( ) SDRAM
3) Memória               ( ) PCI
4) Barramento           ( ) Leitor ótico

A sequência correta é:
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Na avaliação de desempenho das pessoas de uma
organização, são consideradas linhas básicas para o
reforço positivo:

1) aplicar as punições de maneira privada.
2) punir de forma adequada o comportamento não
desejável.
3) manter um inventário diversificado de
recompensas.
4) explicar a cada pessoa o que ela está fazendo de
errado.
5) reconhecer as diferenças individuais quando
proporcionar as recompensas.

Estão corretas apenas:
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Na administração da produção, a tecnologia sequencial tem como objetivo:
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