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Questões de Concurso: Literatura

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Analise as afirmativas a seguir:
I. O artista barroco, em vez de, como o renascentista, formalizar o belo, o equilibrado, o ideal, retrata através da sátira e da caricatura o lado feio, macabro, grotesco dos fatos e dos seres. Os defeitos físicos, as situações indecorosas e sórdidas, os vícios repulsivos constituem temas inexistentes da poesia barroca de caráter realista e satírico. Como exemplo do barroco satírico, no Brasil, temos Lima Barreto.
II. A obra Macunaíma, de Mário de Andrade, conta as aventuras de Macunaíma, um herói de uma tribo amazônica. Esse livro é construído no encontro de lendas indígenas e da vida brasileira cotidiana, de mistura com lendas e tradições populares. O personagem principal, Macunaíma, é um “herói sem nenhum caráter”. Nessa obra, o fantástico assume um ar de coisa corriqueira e o lirismo da mitologia se funde a cada passo com as piadas e as brincadeiras.
III. Para os escritores realistas, o destino dos homens é o resultado da providência divina. Em função disso, principalmente os escritores de tendência naturalista, enfatizam a espiritualidade como o principal aspecto determinante do comportamento social dos homens. O realismo foi, portanto, um movimento rico em expressões religiosas e amplamente apoiado pela Igreja Católica, pelos Jesuítas e pelos novos protestantes no Brasil.
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Analise as afirmativas a seguir:
I. Durante o Romantismo, no Brasil, o indianismo foi uma forma bastante representativa de nacionalismo literário que corresponde à busca de um legítimo antepassado nacional. Por outro lado, a figura do índio foi idealizada pelos escritores românticos com a finalidade de nivelar esse nosso antepassado ao português colonizador. Nessa perspectiva, o índio romântico é sempre bom, nobre, bonito e cavaleiro generoso.
II. O universo de personagens criado por Olavo Bilac está repleto de figuras mitológicas, políticos ineficazes e poderosos, de ignorantes que passam por sábios, de militares incapazes e tirânicos e de referências às culturas orientais. A esse mundo de privilegiados, o autor opõe as figuras do subúrbio, uma multidão de privilegiados, mostrando sua inspiração e sua satisfação contra uma ordem social satisfatória.
III. As obras literárias da primeira geração do Romantismo no Brasil possuem forte apelo nacionalista e indianista devido à influência de determinados eventos históricos, como a Semana de Arte Moderna de 1922, o governo militar de 1964 e o crescimento da indústria automotiva nacional. Esse movimento literário também ficou marcado pelas profundas referências à cultura de imigrantes nipônicos e europeus no Brasil.
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Analise as afirmativas a seguir:
I. O Simbolismo é um movimento literário da poesia e das outras artes que surgiu na França, no final do século XVI, como oposição ao realismo, ao naturalismo e ao positivismo da época. O Simbolismo fixa-se na historiografia literária brasileira com o início da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, sendo financiado principalmente por grandes empresários que buscavam promover uma literatura mais adequada aos interesses capitalistas de uma economia em ascensão.

II. O subjetivismo é uma característica evidente do Romantismo e representa um dos traços fundamentais dessa estética (o “culto do eu”). O artista traz à tona o seu mundo interior com plena liberdade. Não há mais a preocupação com modelos clássicos e universalizantes; é a vitória do indivíduo, da sua visão de mundo, do seu impulso criador. É a exposição triunfal do homem interior em suas fantasias, aspirações e intuições.
III. A obra Grande Sertão: Veredas, de José de Alencar, descreve a história de Rubião, um narrador cosmopolita de classe média que usa filosoficamente a linguagem para expressar seu medo da modernidade, das novas tecnologias no campo e da urbanização das pequenas cidades do interior. O personagem principal, ao longo da narrativa, expõe ao leitor seu desejo de retornar ao seu “Grande Sertão” para reencontrar seus familiares e visitar os lugares onde viveu sua infância.
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Analise as afirmativas a seguir:

I. Ao mesmo tempo em que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo dos escritores árcades se manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, à pesquisa das fontes quinhentistas, à procura de uma língua brasileira (a língua falada pelo povo nas ruas), uma volta às paródias, numa tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras, e à valorização do índio verdadeiramente brasileiro.

II. A poesia parnasiana preocupa-se com a forma e a objetividade, com seus sonetos alexandrinos perfeitos. Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira formam a trindade parnasiana. O Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, dizem alguns estudiosos da literatura brasileira, embora ideologicamente não mantenha todos os pontos de contato com os romancistas realistas e naturalistas. Seus poetas estavam à margem das grandes transformações do final do século XIX e início do século XX.

III. Raul Pompéia, Machado de Assis e Aluízio Azevedo são representantes da escola realista no Brasil. Ideologicamente, os autores desse período são antimonárquicos, assumindo uma defesa clara do ideal republicano, como nos romances “O mulato”, “O cortiço” e “O Ateneu”. Eles negam a burguesia a partir da família e a expressão "Realismo" é uma denominação genérica da escola literária, que abriga três tendências distintas: “romance realista”, “romance naturalista” e “poesia parnasiana”

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Texto para a questão:

CAÇADA

           Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência. 

           Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.

           Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

           [...]

           Ali por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol.

           Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco.

           Batia os flancos com a larga cauda, e movia a cabeça monstruosa, como procurando uma aberta entre a folhagem para arremessar o pulo; uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes amarelos; as ventas dilatadas aspiravam fortemente e pareciam deleitar-se já com o odor do sangue da vítima.

           O índio, sorrindo e indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só desses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade do olhar revelava um pensamento de defesa.

           Assim, durante um curto instante, a fera e o selvagem mediram-se mutuamente, com os olhos nos olhos um do outro; depois o tigre agachou-se, e ia formar o salto, quando a cavalgata apareceu na entrada da clareira.

          Então o animal, lançando ao redor um olhar injetado de sangue, eriçou o pelo, e ficou imóvel no mesmo lugar, hesitando se devia arriscar o ataque. O guarani. São Paulo: Ática, 1995.

Todas as informações abaixo têm relação com o Romantismo brasileiro, exceto uma. Marque-a:
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Analise as afirmativas a seguir:
I. O subjetivismo é uma das características do Simbolismo, sendo também uma característica própria de escolas anteriores (como o Romantismo) que valorizam o mundo interior do indivíduo. O Simbolismo, no entanto, vai além do subjetivismo dos românticos (início do século XIX), pretendendo atingir as áreas do subconsciente e do inconsciente

II. Uma das características do Simbolismo é o subjetivismo. Nesse movimento literário, essa característica pretendeu atingir as áreas do subconsciente e do inconsciente e os textos que surgiam, portanto, revelavam-se uma poesia “difícil”, pois embrenhavam-se nas zonas mais ensombrecidas das emoções.
III. A segunda geração do Romantismo no Brasil é caracterizada pela difusão do “mal do século” e por elementos marcantes como o pessimismo, o objetivismo, as paisagens urbanas, os conflitos políticos e o pessimismo dos poetas que morreram adolescentes. Em termos estilísticos, a literatura do Romantismo dedicou um profundo cuidado à forma e ao virtuosismo linguístico no intuito de maravilhar e convencer o leitor sobre as ideologias políticas e sociais defendidas pelos autores do período.
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Analise as afirmativas a seguir:

I. O Barroco foi uma escola profundamente intimista. A prosa, tanto nos romances como nos contos, aprofunda a tendência já trilhada por alguns autores das décadas anteriores no Brasil, em busca de uma literatura intimista, de sondagem psicológica, introspectiva, com destaque para as crônicas urbanas nas misteriosas cidades de um país recémdescoberto: o Brasil.

II. O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista no Brasil, justamente em consequência da necessidade de definições e do redescobrimento da cultura da Antiguidade Clássica. Daí o caráter anárquico desta primeira fase modernista e seu forte sentido saudosista, com claras referências às culturas grega e romana, aos deuses do Olimpo e aos heróis da história antiga.

III. O romance naturalista foi cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo e Júlio Ribeiro. Aqui, Raul Pompéia também pode ser incluído, mas seu caso é muito particular, pois seu romance “O Ateneu” ora apresenta características naturalistas, ora realistas, ora impressionistas. A narrativa naturalista é marcada pela forte análise social, a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. Os títulos das obras naturalistas apresentam quase sempre a mesma preocupação: “O mulato”, “O cortiço”, “Casa de pensão”, “O Ateneu”.

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Analise as afirmativas a seguir:

I. O romance realista foi exaustivamente cultivado no Brasil por Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa mais preocupada com a análise psicológica, fazendo a crítica à sociedade a partir do comportamento de determinados personagens. Por exemplo, os cinco romances da fase realista de Machado de Assis apresentam nomes próprios em seus títulos (“Brás Cubas”; “Quincas Borba”; “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó”; e “Aires”). Isso revela uma clara preocupação com o indivíduo.

II. Embora o Barroco brasileiro seja datado de 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação do livro “Obras”, de Cláudio Manuel da Costa, o movimento ganha corpo a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos. Esse fato assinala a decadência dos valores defendidos pelo Barroco e a ascensão do movimento árcade. O termo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos de 1600 e início dos anos de 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.

III. José de Alencar aparece na literatura brasileira como o consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais. Ele defendia o “casamento” entre o nativo e o europeu colonizador, numa troca de favores: uns ofereciam a natureza virgem, um solo esplêndido; outros, a cultura. Da soma desses fatores resultaria um Brasil independente. “O guarani” é o melhor exemplo, ao se observar a relação do principal personagem da obra, o índio Peri, com a família de D. Antônio de Mariz.

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Analise as afirmativas a seguir:
I. No Realismo, é nítida a preferência pelo espaço urbano, pois a burguesia fixou-se principalmente nas cidades, onde residem os elementos a serem combatidos, já que a obra literária é vista como instrumento de denúncia dos desequilíbrios sociais. Nesse movimento literário, há uma preocupação em retratar pessoas da época, encarando o presente histórico, os conflitos do homem da época, os dramas cotidianos e os problemas concretos.
II. O subjetivismo é uma das características do Romantismo. Ele representa um dos traços fundamentais dessa estética (o “culto da natureza”). O artista traz à tona a sua paixão pelo mundo natural, pela vida no campo, pelo bucolismo e por uma vida repleta de amigos e felicidade. Não há mais a preocupação com modelos clássicos e universalizantes, pois a literatura passa a valorizar a ciência, a razão e a vida no campo.
III. Os autores do Arcadismo brasileiro, além de se utilizarem dos artifícios típicos da estética neoclássica (imitação de autores gregos e latinos, uso da mitologia pagã etc.), já expressavam em suas poesias alguns elementos que seriam depois explorados pelos barrocos, como, por exemplo: o elogio da vida em natureza, livre das agitações sociais e mundanas; a ampla utilização de termos e palavras indígenas nas poesias; a valorização das culturas regionais brasileiras e o elogio às novas correntes ideológicas que surgiam na época.
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Em 2020, a escritora Clarice Lispector completaria cem anos de idade. Autora de prosa e ficção, ela é uma representante da terceira geração modernista. As obras produzidas pelos escritores dessa geração ficaram marcadas, entre outras características,
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