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Questões de Concurso: Profissional de Comunicação Júnior

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Texto associado.

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário eeconomista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonistado
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocaro país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Com relação ao conteúdo do texto, assinale a alternativa CORRETA:

🧠 Mapa Mental

A comunicação interna representa um dos maiores desafios para empresas de todos os segmentos. Uma política bem estruturada, voltada para a valorização dos funcionários e para o acesso e qualidade da informação, é crucial inclusive para a comunicação com públicos externos, tais como clientes, fornecedores, órgãos do governo, comunidade e concorrência. Para a organização de tal política (comunicação interna), as empresas contam com diversos instrumentos. A respeito dos instrumentos de comunicação interna é correto afirmar que:

I. Uma política de comunicação interna tem por objetivo promover o equilíbrio do clima interno por meio de análise e monitoração do ambiente.

II. O planejamento de comunicação interna prevê a utilização de técnicas combinadas, dirigidas e estruturadas a partir do planejamento estratégico da empresa e das atividades que se voltam à disseminação de informações da organização (livre fluxo) e à valorização dos indivíduos.

III. O mascote - instrumento bastante utilizado em campanhas internas, pode ser entendido como personagem (objeto ou ser) escolhido para representar visual e positivamente um conceito ou uma idéia e deve fixar positivamente a imagem da empresa, de seus produtos ou serviços, junto aos públicos, visando à formação de uma opinião favorável.

IV. Como técnica, as homenagens são prova de reconhecimento, gratidão, importância, admiração ou outro sentimento intenso e positivo produzidas para determinada pessoa por meio de variadas formas de celebração, eventos ou registros. Têm como objetivo fortalecer o relacionamento da empresa com os públicos por meio de reconhecimento público a determinada pessoa, à qual se confere destaque por razões valorizadas.

V. A técnica de datas comemorativas visa ao registro e à comemoração de datas de grande importância para determinado público da organização, tendo como objetivo utilizar datas comemorativas e de grande significado para o público, objetivando retorno de imagem para a empresa.

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário eeconomista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonistado
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocaro país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Observe as proposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA:

I. Segundo o texto, Brasil, China e Índia estão num mesmo patamar de desenvolvimento, sendo que o primeiro tende a ser o único país a despontar, nas próximas décadas, como nação desenvolvida.

II. De acordo com informações presentes no texto, menos de 10% da população mundial pode ser considerada como pertencente à "classe média", um conceito que, segundo o autor, não é definido de forma absoluta.

III. Segundo o autor, num futuro próximo o Brasil terá lugar garantido no campo das importações de alimentos.

IV. No campo energético, afirma Moreira Leite, o Brasil tende a enfrentar problemas, uma vez que o etanol não é a melhor solução para todas as demandas. Além disso, o petróleo do pré-sal será destinado à exportação, tão somente.

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa."Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ougrafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Com relação ao texto, assinale a alternativa CORRETA:

🧠 Mapa Mental

Dentre as teorias da comunicação de massa, destaca-se a escola funcionalista. Conforme os estudos dessa corrente, as articulações internas dos meios de comunicação de massa estabelecem a distinção entre gêneros e meios específicos, o que acentua as funções exercidas por esse sistema. Assim, do conjunto de suas características, é correto afirmar que:

I. O professor de psicologia Harold D. Laswell representa um importante nome da escola, tendo defendido, dentre outras idéias, que a mídia afeta o público com seu conteúdo e que os conteúdos da mídia se inserem a partir dos contextos social, cultural e ideológico.

II. A escola surge na primeira metade do século XX, abordando estudos da publicidade e da propaganda política e questões de jornalismo e opinião pública, na busca por tornar a linguagem política e publicitária mais eficaz

III. O estudo científico do processo comunicativo tende se a concentrar em algumas das seguintes interrogações: Quem? Diz o quê? Através de que canal? Com que efeito?

IV. A conclusão dos estudos dessa teoria aponta que as pessoas não buscam conteúdos que tenham a ver com o que pensam.

V. A idéia central da teoria funcionalista configura-se na construção analítica dos fenômenos que investiga.

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa."Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ougrafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Assinale a alternativa INCORRETA:

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário eeconomista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonistado
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocaro país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Assinale a alternativa CORRETA:

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário eeconomista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonistado
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocaro país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Assinale a alternativa INCORRETA:

🧠 Mapa Mental

Você foi contratado como assessor de comunicação de uma indústria de alimentos para resolver a seguinte situação: um boato se espalhou pela internet difamando um lote de refeições infantis em pote. O boato tomou grandes proporções e, a princípio, a reação da empresa foi bastante negativa, rebatendo duramente as acusações e ignorando as investidas da imprensa em obter informações. Amostras dos produtos analisadas pelo Ministério da Saúde não apontaram qualquer problema ou risco para a saúde. Agora, a empresa deseja resgatar a credibilidade do produto e melhorar a imagem de sua marca junto ao mercado.

Das alternativas abaixo, quais representam um raciocínio CORRETO para um planejamento de comunicação?

I. Convocar uma coletiva de imprensa, apresentar o laudo do Ministério da Saúde e estar disponível para atender todas as solicitações dos responsáveis pelos veículos de comunicação.

II. Fazer uma campanha publicitária de valorização da marca e do produto alvo da difamação.

III. Publicar um comunicado nos principais veículos de comunicação, responsabilizando a imprensa e os órgãos oficiais pela disseminação do boato.

IV. Realizar uma pesquisa de satisfação com o público infantil a respeito dos produtos.

V. Realizar uma campanha de Responsabilidade Social associada ao produto.

🧠 Mapa Mental
Texto associado.

DA DIFICULDADE DE TRADUZIR O TÍTULO DO FILME
HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

Jorge Furtado

Não conheço filme sem título, uma prática
comum nas artes plásticas. Eu mesmo escolhi os títulos
dos meus filmes. Meu primeiro filme de longa metragem
se chama Houve uma vez dois verões. A tradução literal
para o inglês seria: Once Upon a Time Two Summers,
mas os distribuidores sabiamente optaram pela versão
mais curta, Two Summers.
Em português, "houve uma vez" é uma abertura
clássica de narrativas, uma forma um pouco mais arcaica
que o "era uma vez..." . Googlei "era uma vez" (dia 10 de
janeiro de 2008) e encontrei 622 mil entradas, de todo
tipo: nomes de sites, coleções de livros infantis etc. As 10
primeiras entradas eram de 10 sites diferentes.
Googlei "houve uma vez" e apareceram 230 mil
entradas. As primeiras 51 entradas eram referência ao
meu filme. A entrada 52 era sobre a expressão "houve
uma vez um verão", um convite para uma festa."Houve
uma vez dois verões", na verdade, é um trocadilho sobre
o título brasileiro de um grande sucesso do cinema,
Summer of 42, filme de 1971 dirigido por Robert Mulligan,
que no Brasil se chamou "Houve uma vez um verão".
Acontece que, em português, este "um" antes da
palavra "verão" pode ser numeral ou artigo indefinido,
pode ser "a summer" ou "one summer". Já a palavra
"dois" só pode ser numeral. O eco distorcido do título do
filme de Mulligan (também uma história de iniciação
sexual, também com dois amigos numa temporada de
verão numa praia quase deserta, também seduzidos por
uma mulher mais velha) sugere claramente que aqui se
trata de uma comédia.
E mais: é um erro muito frequente, em português,
conjugar o verbo "haver" no plural, "houveram dois
verões", quando o certo é "houve dois verões". Ou seja: o
título em português tem também uma função didática, na
medida em que, como costumam fazer os títulos,
cristaliza uma expressão, informação ougrafia em
formato rememorável.
Estes são apenas alguns dos problemas em
traduzir para o inglês o título do filme. Certamente há
problemas que eu desconheço por não dominar o inglês.
Talvez a expressão "two summers" tenha conotações que
eu ignore, talvez seja o nome de uma conhecida casa
noturna de Cambridge ou talvez a marca de um
bronzeador.
Adaptado de texto postado em 21 de março de 2009 no blog pessoal do cineasta
(http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/). Acesso: 10/12/09.

Com relação ao texto, pode-se AFIRMAR que:

🧠 Mapa Mental