Em 1936, Tomie Ohtake desembarcou no Brasil, vinda de Kyoto, no Japão. E quase 20 anos depois começou a pintar. Nos anos 70, teve um dos momentos mais prestigiosos de sua carreira, quando expôs suas gravuras na Bienal de Veneza de 1972, dividindo as paredes com artistas de renome. Segundo a análise de Miguel Chaia, “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência - incita a reflexão, num movimento primordial de subjetivação, e estimula os sentidos, em direção às coisas externas do universo. Mais interessante ainda é que as obras desta artista antecipam, pela intuição artística, imagens do espaço cósmico obtidas por instrumentos de observação de alta tecnologia, como, por exemplo, o telescópio Hubble. A poética de recriação do cosmo pela artista, que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade, e a crescente utilização de recursos tecnológicos para fotografar ou ilustrar pontos do universo formam um instigante material para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência".
(Adaptado de: MESTIERI, Gabriel. Disponível em: entretenimento.uol.com.br e CHAIA, Miguel. Disponível em: institutotomieohtake.org.br)
Está correta a redação do comentário que se encontra em:
a) Do extenso currículo de Tomie Ohtake constam mais de quinze participações em bienais por todo o mundo, além de 26 prêmios e 31 esculturas localizadas em diversos espaços públicos no Brasil.
b) Em São Paulo, destaca-se obras como os grandes painéis que Tomie Ohtake fez para a Estação Consolação do Metrô, assim como a pintura em parede, na Ladeira da Memória.
c) Tomie Ohtake afirmou-se como artista devido aos estudos das relações entre forma e cor que marcaria toda a sua carreira, passando por formas ovais, quadradas, retangulares, entre outras.
d) Localizado no Memorial da América Latina, um painel em tapeçaria de aproximadamente 800 metros quadrados, foi desenhada por Tomie Ohtake em 1989 sob encomenda de Niemeyer para a inauguração do conjunto.
e) As quatro grandes lâminas de concreto em forma de onda na avenida 23 de Maio, em São Paulo, simboliza quatro gerações de japoneses que vivem no Brasil, formando uma colônia de mais de 1,5 milhões de pessoas.