Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo.
Até aqui, o governo se dedicou a expor seu ponto de vista e começou a mover suas pedras no tabuleiro, a partir de sua opção pela prioridade sul-americana e do Mercosul. Estabeleceu, em seguida, uma série de pontes e alianças possíveis com a África e a Ásia, como aconteceu com o G21, na reunião de Cancun da OMC, e como está acontecendo nas negociações do G3, com a África do Sul e com a Índia. Ou ainda, como vem ocorrendo nas novas parcerias tecnológi- cas com a Ucrânia, a Rússia, a China, ou com os projetos infra-estruturais com a Venezuela, a Bolívia, o Peru e a Argentina.
a) Não há dúvida, porquanto, de que essas principais disputas giraram em torno das divergências econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil, em particular as negociações da OMC, FMI e ALCA.
b) O que se vê é a afirmação de uma nova política externa, ativa, presente, baseada no interesse nacional brasileiro e na afinidade histórica e territorial do Brasil com o resto da América do Sul, bem como na sua afinidade de interesses com os demais "grandes países em desenvolvimento".
c) E do outro lado, naquele momento, estarão os grupos econômicos e as forças sociais, intelectuais e políticas que sempre lutaram por um projeto de desenvolvimento para o Brasil.
d) E aqui, não há como se enganar sobre as forças que esta batalha despertava, dentro e fora do governo: de um lado estarão, como sempre estiveram, os grupos de interesse que defendem uma relação subserviente com os Estados Unidos, em troca de um acesso mais favorecido ao mercado interno americano.
e) Orientando-se pelos interesses nacionais do povo e não apenas pelos interesses imediatos e particulares do seu agrobusiness , e dos seus grupos financeiros defendidos e acobertados pela retórica diletante e pela política escandalosamente subserviente dos "diplomatas descalços". (Adaptado de José Luís Fiori)