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Questões de Concurso: Interpretação Textual

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Texto associado.
Poema de Sete Faces
Carlos Drummond de Andrade
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Analise as afirmações sobre o poema: 
1. O poema é dividido em 7 estrofes. Há dois tercetos, dois quartetos e três quintilhas. 
2. Todas as estrofes têm o mesmo número de versos. 
3. O poema pode ser classificado como soneto. 
Está CORRETO o que se afirma
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Programa detecta 90% de precisão se a autoria de um texto é falsa


      Pense bem antes de considerar colar no seu próximo trabalho escrito. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, combinaram uma grande base de dados com inteligência artificial para criar um sistema que determina se um texto é original ou foi copiado da internet.

     A pesquisa coletou 130 mil redações de estudantes de 10 mil escolas dinamarquesas, e o sistema adivinhou, com 90% de acerto, quais eram falsos. Já existem programas capazes de identificar se um texto foi plagiado de um artigo previamente publicado. Um exemplo é o Lectio, usado nas escolas da Dinamarca. As coisas complicaram quando os alunos começaram a contratar outras pessoas para fazer seus textos, os ghostwriters. A situação é muito expressiva principalmente no último ano do colegial, quando os alunos precisam entregar um trabalho final – como se fosse um TCC do Ensino Médio.

      No caso de a redação ter sido escrita por um ghostwriter, os programas utilizados atualmente não são tão eficientes. A técnica criada pelos cientistas identifica diferenças no estilo de escrita do aluno comparando seus textos anteriores. Alguns aspectos que o programa procura são tamanho das palavras, estrutura das frases e como as palavras são usadas. Um exemplo é a própria palavra “exemplo” — ela pode ser escrita inteira ou usando uma abreviação, como ex.

      Por enquanto, o novo programa, chamado Ghostwriter, ainda está em fase de pesquisa. Os autores do estudo acreditam que em breve ele poderá ser levado para dentro das escolas, mas antes disso é preciso existir um debate ético. O programa não deve ser o único recurso utilizado para identificar a falsidade do texto. Ele pode indicar ou suspeitar da legitimidade do autor, mas quem deve dar a palavra final são seres humanos.

        O Ghostwriter também pode ser útil em outras áreas. Ele pode analisar grandes quantidades de documentos e ajudar a polícia a identificar quais deles são falsificados. Ele também contribui para separar os tweets de usuários verdadeiros daqueles que foram pagos ou feitos por robôs. No Brasil – em que até receita de miojo recebe nota boa no Enem – a tecnologia será muito bem-vinda.


Maria Clara Rossini. Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em 5/7/2019


A primeira frase do texto chama a atenção do leitor por apontar um (a):
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Texto associado.
Texto III
                                            Beira-mar
             Quase fim de longa tarde de verão. Beira do mar
        no Aterro do Flamengo próximo ao Morro da Viúva,
        frente para o Pão de Açúcar. Com preguiça, o sol co-
        meçava a esconder-se atrás dos edifícios. Parecia re-
5      sistir ao chamado da noite. Nas pedras do quebra-mar
        caniços de pesca moviam-se devagar, ao lento vai e
        vem do calmo mar de verão. Cercados por quatro ou
        cinco pescadores de trajes simples ou ordinários, e
        toscas sandálias de dedo.
10         Bermuda bege de fino brim, tênis e camisa polo
        de marcas célebres, Ricardo deixara o carro em es-
        tacionamento de restaurante nas imediações. Nunca
        fisgara peixe ali. Olhado com desconfiança. Intruso.
        Bolsa a tiracolo, balde e vara de dois metros na mão.
15    A boa técnica ensina que o caniço deve ter no máxi-
        mo dois metros e oitenta centímetros para a chamada
        pesca de molhes, nome sofisticado para quebra-mar.
        Ponta de agulha metálica para transmitir à mão do
        pescador maior sensibilidade à fisgada do peixe. É
20    preciso conhecimento de juiz para enganar peixes.
            A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o
        intruso montar o caniço. Abriu a bolsa de utensílios.
        Entre vários rolos de linha, selecionou os de espes-
        sura entre quinze e dezoito centésimos de milímetro,
25   ainda fiel à boa técnica.
            — Na nossa profissão vivemos sempre preocu-
        pados e tensos: abertura do mercado, sobe e desce
        das cotações, situação financeira de cada país mun-
        do afora. Poucas coisas na vida relaxam mais do que
30    pescaria, cheiro de mar trazido pela brisa, e a paisa-
        gem marítima — costuma confessar Ricardo na roda
        dos colegas da financeira onde trabalha.
LOPES, L. Nós do Brasil. Rio de Janeiro: Ponteio, 2015, p.
101. Adaptado.
A leitura atenta do Texto III mostra que Ricardo
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Texto associado.
O jovem e os cientistas, por uma narrativa que inclua o ser humano concreto 
Isso se faz conectando disciplinas, como preconiza Edgar Morin 

    [...] É assustador saber que 93% dos jovens brasileiros não conhecem o nome de um cientista brasileiro, de acordo com pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, divulgado na semana passada. 
    Em resposta a isso, alguns lembram a carência de professores que temos nas áreas científicas do ensino médio, particularmente em física e química. 
    Na verdade, embora ocorra, de fato, falta de professores, o problema é mais complexo. Para além da carência de mestres, trata-se da forma como ensinamos história e, em especial, a história da ciência no país. 
    É como se houvesse um determinismo histórico absoluto, em que processos econômicos governassem os fatos, sem interferências da subjetividade. 
    Assim, alunos perdem a chance de compreender que somos nós, seres humanos, claro que em condições dadas, que individual ou coletivamente construímos comunidades, nações e instituições. 
    Foram pessoas singulares que fizeram pesquisas, desvendaram os fenômenos da natureza e criaram soluções para os mais diferentes desafios enfrentados pela humanidade, inclusive no Brasil. 
    No passado, padecemos do fenômeno oposto e as aulas se tornavam um recital de nomes e fatos a serem memorizados. Mas ao romper com uma abordagem equivocada, caímos muitas vezes no outro extremo. E, com isso, ao enfatizar processos frente a pessoas, o ensino de história patina. 
    É urgente integrar os enfoques e ensinar aos jovens, desde o ensino fundamental, sobre a incrível aventura de seres humanos concretos no planeta, inclusive formulando hipóteses e produzindo conhecimento. Isso se faz, inclusive, conectando disciplinas, como preconiza Edgar Morin, em seu clássico "Religando os Saberes", em que analisa a escola secundária francesa. 
    Felizmente, a Base Nacional Comum Curricular avança nesta direção e possibilita que se aprenda em todo o país sobre as contribuições de nomes como Oswaldo Cruz, Adolpho Lutz, Carlos Chagas, Mario Schenberg e o recentemente premiado físico e cosmólogo Marcelo Gleiser, entre outros. A possibilidade de um ensino que construa convergências entre matérias possibilitaria também assegurar que crianças e jovens aprendam mais sobre brasileiros que se destacaram em geografia, como Milton Santos, ou artistas nossos de renome, como Tarsila do Amaral 
    E, assim, os alunos terão condições de entender as relações de produtores de conhecimento com seu tempo e imaginar cenários futuros em que eles possam ser cientistas, artistas ou nomes que contribuam para a construção de um país melhor e mais bonito. 

COSTIN, Cláudia. Colunas e Blogs. Folha de S. Paulo. 5 jul. 2019. Disponível em: httpss://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia-costin/2019/07/o-jovem-e-os-cientis-tas-por-uma-narrativa-que-inclua-o-ser-humano-concreto.shtml . Acesso em: 5 jul. 2019. (Adaptado).


O uso do verbo “patinar” no contexto em que aparece no texto constitui-se como uma
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Texto associado.
      As razões _______ a indústria do cigarro está investindo em ONG antitabagista.
A indústria do cigarro, capitaneada pela Philip Morris, está investindo um bilhão de dólares
numa ONG que promete um mundo sem cigarro. ______? Cientistas de reputação imaculada
deveriam aceitar contribuições financeiras de uma companhia de tabaco? Este não é um teste
teórico de comportamento ético, mas o dilema que se apresentou dramaticamente para
acadêmicos da Universidade de Utrecht (UU), na Holanda. Quem lançou a isca foi a Philip Morris,
gigante mundial do tabaco, e a oferta não era de se jogar fora: 360 mil euros (1,64 milhão de
reais) para o trabalho de investigar as consequências do contrabando e falsificação de cigarros.
De mais a mais, a companhia acenava com total liberdade para os acadêmicos em suas
apurações.
Não são historicamente as mais decentes as relações entre profissionais da saúde e as
controvertidas usinas de câncer de pulmão. Décadas atrás, a indústria de tabaco tinha o hábito
de recrutar médicos de forma que eles, ao contrário do que já indicavam os alertas patológicos,
alardeassem publicamente as virtudes do fumo para os pulmões e as vias respiratórias. Médicos
de prestígio aceitavam alegremente ser cúmplices desse crime. É natural que, hoje em dia,
quando a indústria procura a academia, uma fumaça de desconfiança impregne o ar.
O professor de Direito John Vervaele, encarregado de administrar a doação em Utrecht, reagiu
às críticas argumentando: “Fazemos isso ______ indústria de tabaco não é ilegal. O comércio
ilícito de cigarro, sim”. O argumento não convenceu os pneumologistas e oncologistas da
Sociedade Holandesa do Câncer, os mais desconfiados em relação à pretensa boa vontade da
Philip Morris. “Cerca de 7 milhões de pessoas continuam morrendo todos os anos, no mundo
inteiro, vítimas dos efeitos malignos do fumo” – rebateram os clínicos.
A discussão azedou a tal ponto que a UU acabou declinando da doação. Anunciou que ela
............ vai bancar a pesquisa do professor Vervaele e sua equipe. A Philip Morris, por sua vez,
está disposta a verter uma montanha de dinheiro em programas como aquele que tentou, em
vão, na Holanda. O combate ao comércio ilegal de cigarro vai lhe custar 100 milhões de dólares
– não só em pesquisas, mas também nos custos de repressão ao tráfico. Outro bilhão de dólares
a Philip Morris pretende investir, ao longo de 12 anos, na Foundation for a Smoke-Free World,
uma ONG com sede em Nova York. Como entender que a fabricante do Marlboro, a marca número
1, esteja financiando uma fundação ______ nome apregoa “um mundo sem cigarro”?
A tal fundação ............ controvérsias, de fato. A Philip Morris assegura que ela exprime hoje
uma preocupação que é de ............ indústria do tabaco: como ajudar os fumantes a encontrar
alternativas seguras aos cigarros combustíveis, unanimemente fadados à extinção? Já a
Organização Mundial da Saúde não tem tanta certeza assim dos objetivos meritórios das
campanhas da indústria.
De acordo com a brasileira Vera Luzia da Costa e Silva, chefe da Convenção do Controle do
Tabaco, com sede em Genebra, o que uma entidade endinheirada como a Foundation for a
Smoke-Free World almeja é atropelar as iniciativas coletivas para impor sua própria pauta, seus
próprios métodos e, no final, seus próprios interesses – que continuam comprometendo a vida
saudável.
                   Texto especialmente adaptado para esta prova. 
 Fonte: https://www.cartacapital.com.br/revista/1011/cortina-de-fumaca
São vocábulos que poderiam, no contexto dado, substituir imaculada (l. 02), alardeassem (l. 13) e pretensa (l. 19), sem ocasionar qualquer tipo de mudança no texto, EXCETO:
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Texto associado.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.
                                        
                                                Dicionário Oxford escolhe a palavra do ano de 2019

01                A seleção da palavra do ano por dicionários gringos é praticamente uma tradição de fim
02        de ano. O termo escolhido sempre procura representar o que marcou o ano como um todo — e
03        essa escolha visa provocar reflexões e discussão sobre o tema.
04        Depois de laureados polêmicos como o emoji que chora de rir em 2015 ou o termo
05        youthquake (em uma tradução livre e tosca, “juventudemoto” – isto é, “juventude” +
06        “terremoto”) em 2017, a escolha de 2019 foi certeira no tema, apesar de também ter provocado
07        uma certa estranheza: “emergência climática”.
08                Lógico, a primeira reação de todo mundo, antes mesmo de pensar na importância do
09        assunto, é afirmar que “a palavra do ano” não é uma palavra. Mas o prêmio já previa isso, e
10        deixou claro no seu anúncio:Uma palavra ou expressão que mostra através de evidências de
            uso algo que reflita os costumes, o humor ou as preocupações do ano que passa, além de ter um
            potencial duradouro como um termo de significado cultural.
                    Antes de e...plicitar o porquê da escolha de 2019, uma curiosidade: apesar de ser
            estranho, essa é a quinta vez na história da premiação inglesa que uma expressão (ou seja, mais
            de uma palavra) é escolhida como “palavra do ano”. 2007 premiou carbon footprint (pegada de
            carbono), 2008, credit crunch (expressão que significa crise/rece...ão econômica), 2010, big
            society (nome de uma ideologia política criada pelo então primeiro ministro inglês David
            Cameron), 2011, squeezed middle (uma brincadeira com classe média), e, em 2019, climate
            emergency.
20                E essa lista poderia ser ainda maior: há quem considere “pós-verdade”, a palavra de 2016,
21        como uma expressão; e, em 2018, a palavra do ano por pouco não foi “masculinidade tóxica” –
22        no último minuto, os votantes decidiram eleger apenas “tóxico” para destacar o uso mais
23        abrangente do termo.
24                 Vamos voltar ___ expressão de 2019. “Declaramos clara e inequivocamente que o planeta
25        Terra está enfrentando uma emergência climática”, afirmou uma declaração chamada
26        “Emergência Climática” feita por mais de 11 mil cientistas do mundo. Segundo eles, a população
27        mundial enfrenta “um sofrimento incalculável devido ___ crise climática”.
28                Além disso, o Secretário-Geral da ONU chamou a crise climática de “a questão definidora
29        do nosso tempo”. Para o dicionário Oxford, “emergência climática” é “uma situação em que é
30        necessária uma ação urgente para reduzir ou interromper a mudança climática e evitar danos
            ambientais potencialmente irreversíveis resultantes dela”.
                    Mas nem só de importância diplomática se faz a palavra do ano – ela também tem que
            cair na boca do povo. E acredite se quiser: um levantamento feito pelo dicionário inglês mostrou
            um aumento exponencial nas pesquisas da expressão, que saiu praticamente da obscuridade para
            se tornar um dos termos mais pesquisados de 2019.
                    Em 2019, a emergência climática superou quaisquer outros tipos de emergência, sendo
            três vezes mais pesquisada que “emergência de saúde”, a segunda colocada.
                    Vale destacar que, de acordo com a Universidade de Oxford, os candidatos ___ Palavra do
            Ano são extraídos de dados reunidos por um e...tenso programa de pesquisa de idiomas, incluindo
40       o Oxford Corpus, um conjunto de artigos extraídos de 10 mil sites, formando uma massa de texto
41       com 150 milhões de palavras. Softwares sofisticados permitem que os especialistas identifiquem
42       palavras novas e populares e examinem as mudanças na forma como palavras mais “velhas” e
43       estabelecidas estão sendo usadas. Ingrid Luisa – 22/11/2019 – Disponível: https://super.abril.com.br/ 
            - adaptação
Na linha 40, a expressão “formando uma massa de texto” emprega qual figura de linguagem?
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Texto associado.
Pessoas são caminhos
01  Hoje eu sei. Hoje eu entendo perfeitamente que pessoas são caminhos. Que todas nos levam
02 a algum lugar. Eu, você, o outro, cada um de nós é um caminho diferente.
03  Hoje eu sei que é muito importante saber escolher os caminhos pelos quais andamos. Que é
04 muito importante prestar atenção para onde estamos indo e ler todas as placas que avisam onde
05 cada caminho vai dar. As placas são importantes, mas quase sempre temos a estranha mania de
06 duvidar daquilo que parece óbvio.
07  Hoje eu sei, mas eu não imaginava que tem gente que é caminho que não dá em lugar algum.
08 Que tem gente que é tempo perdido. Que há quem nos faça caminhar e caminhar para nada. Daí
09 a gente tem que voltar e, de novo, escolher. Dessa vez, com sabedoria.
10  Tem caminho curto. Tem caminho que não tem fim. Tem caminho labirinto. Tem caminho que
11 é de isopor. Tipo aquele cenário que parece lindo, mas é falso e vazio.
12  Ah! Também há o contrário, felizmente. Tem gente que é jardim florido e perfumado. Tem
13 gente que é café da tarde no interior. Tem gente que é mar quentinho e sem onda. Tem gente
14 que é caminho macio e rede mansa. Tem gente que é luz e reparação. Hoje eu sei.
15  Tudo isso está lá, bem no começo. Não existe armação. Todo caminho sempre se anuncia
16 antes mesmo de começar. A gente só precisa prestar atenção e ler com cuidado. A gente só
17 precisa saber o que quer. Para quem não sabe o que quer qualquer caminho serve. Lembra?
18  Eu tenho comigo que meu próximo caminho será um repleto de pinheiros, daqueles que
19 aparecem em filmes. Que o som deles ao vento vai ser sinfonia para meus ouvidos. O meu novo
20 caminho vai ter uma floresta linda e eu vou pegar ___ pinhas do chão e fazer guirlandas de Natal
21 com elas para lembrar que sempre haverá coisas boas para celebrar.
22  Hoje eu sei o caminho que procuro. No meu caminho de pinheiros vou tirar meus calçados e
23 caminhar sentindo uma maciez delicada sob meus pés. Quero nele um chão de folhas verdes
24 farfalhando como se a vida tivesse preparado para mim um colchão amaciado de boas
25 expectativas.
26  Quero no meu próximo caminho um cheiro adossicado de livre dignidade, chuva gostosa e
27 brisa mansa que me leve até um abrigo com lareira acesa e mesa farta. Eu vou me permitir
28 então, sem culpas, o deleite de pernas esticadas e pés dentro de escalda-pés.
29  Nesse meu caminho eu serei o caminho de quem me souber amar e vou deixar que o amor
30 passeie feliz por mim. Quero que aquele que decida se enveredar por mim sinta-se seguro e feliz.
31 Que eu possa levá-lo ao encontro dos seus mais profundos anseios, ______ a gente tem que
32 saber ser caminho também.
33  Hoje eu sei, eu aprendi a ver. Eu caminhei bastante até entender. Sou grata pelo passado,
34 mas não vou negar ao meu futuro escolhas melhores e a possibilidade real de viver tudo aquilo
35 que a minha vontade alcançar. Hoje eu sei o que quero. Hoje eu venho te contar sobre os meus
36 caminhos para que você entenda que é muito importante escolher os seus com sabedoria. Que é
37 muito importante também ser um caminho bom para alguém.
(Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/pessoas-saocaminhos/. Acesso em 16 nov. 2018.)
Em relação ao que o texto explicita, é correto afirmar que:
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 Felicidade bioquímica  

         Os biólogos sustentam que nosso mundo mental e emocional é governado por mecanismos bioquímicos definidos por milhões de anos de evolução. Como todos os outros estados mentais, nosso bem-estar não é determinado por parâmetros externos como salário, relações sociais ou direitos políticos. Em vez disso, é determinado por um complexo sistema de nervos, neurônios, sinapses e várias substâncias bioquímicas como serotonina, dopamina e oxitocina.

      Ninguém fica feliz por ganhar na loteria, comprar uma casa, obter uma promoção ou encontrar o amor verdadeiro. As pessoas ficam felizes por um único motivo: sensações agradáveis em seu corpo. Uma pessoa que acabou de ganhar na loteria e pula de alegria não está reagindo ao dinheiro; está reagindo a vários hormônios que inundam sua corrente sanguínea e à tempestade de sinais elétricos pipocando em diferentes partes de seu cérebro.

      A felicidade e a infelicidade exercem um papel na evolução somente na medida em que encorajam ou desencorajam a sobrevivência e a reprodução. Talvez não cause surpresa, então, que a evolução tenha nos moldado para sermos nem felizes demais, nem infelizes demais. Ela nos permite sentir um ímpeto momentâneo de sensações agradáveis, mas estas nunca duram para sempre. Mais cedo ou mais tarde, diminuem e dão lugar a sensações desagradáveis de carência e insatisfação. Tão logo consigamos o que desejamos, não parecemos mais felizes, isso em nada muda a nossa bioquímica. Pode estimulá-la por um breve tempo, mas voltamos ao ponto inicial de expectativa de felicidade.

(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens. Uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. 38. ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018, 396-398, passim)

Apresentam-se numa relação de causa e efeito, nesta ordem, os seguintes segmentos:
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Texto associado.
Texto II
                                Estojo escolar
    Noite dessas, ciscando num desses canais a
    cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrôni-
    cas, bastava telefonar e eu receberia um notebook
    capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação
5  espacial.
    Minhas necessidades são mais modestas: tenho
    um PC mastodôntico, contemporâneo das cavernas
    da informática. E um laptop da mesma época que co-
    meça a me deixar na mão. Como pretendo viajar es-
10  ses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras
    anunciavam como o top do top em matéria de com-
    putador portátil.
            No sábado, recebi um embrulho complicado que
    necessitava de um manual de instruções para ser
15 aberto. Depois de mil operações sofisticadas para
    minhas limitações, retirei das entranhas de isopor o
    novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De
    repente, como vem acontecendo nos últimos tempos,
    houve um corte na memória e vi diante de mim o meu
20  primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jar-
    dim de infância.
    Era uma caixinha comprida, envernizada, com
    uma tampa que corria nas bordas do corpo principal.
    Dentro, arrumados em divisões, havia lápis coloridos,
25 um apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de
    20 cm e uma borracha para apagar meus erros.
            Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que
    nunca esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei o
    estojo para proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali
30 para sempre, prometi-me economizá-lo. Com avare-
    za, só o cheirava em momentos especiais.
    Na tampa que protegia estojo e cheiro havia
    gravado um ramo de rosas muito vermelhas que se
    destacavam do fundo creme. Amei aquele ramalhete
35 – olhava aquelas rosas e achava que nada podia ser
    mais bonito.
            O notebook que agora abro é negro, não tem ro-
    sas na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável.
    Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de avião,
40 ao aparelho de ultrassonografia onde outro dia uma
    moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei
    de estojo e de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva,
2009. Disponível em:/fz12039806.htm>. Acesso em: 23 jul. 2019.

No que diz respeito à norma-padrão da língua, a frase cujo verbo em destaque apresenta regência adequada é:
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Texto associado.

                   Uma breve história das cadeiras para escritório


      Com a escalada da Revolução Industrial e a sociedade menos agrária, surgiu nas empresas a necessidade de ambientes de trabalho equipados com ferramentas para as novas rotinas nos escritórios. Neste cenário, era preciso acomodar em cadeiras quem trabalhava por horas sentado. Nasce uma combinação de forma e função em prol dos funcionários.

      Os historiadores afirmam que a primeira cadeira de escritório pode ser rastreada até Júlio César. O imperador romano conduziria negócios oficiais sentado em uma “cadeira Curule”. Enquanto outros líderes, magistrados e sacerdotes também usavam esta cadeira, César finalmente distinguiu sua cadeira levando-a aonde quer que fosse. Sua cadeira de “escritório” dourada o acompanhava em viagens, ao lado de sua coroa e outros objetos de valor.

      Ao longo do tempo, a cadeira de escritório passou a ter objetivos mais utilitários. No início de 1800, com as viagens de trem tornando-se cada vez mais comuns, os vagões foram equipados com as Poltronas Centripetais de Primavera, projetadas por Thomas E. Warren. Como estas viagens eram uma forma das empresas expandirem seus territórios, o uso de uma cadeira de trabalho adequada permitia que os funcionários completassem suas tarefas administrativas em trânsito. Diante da crescente importância, a cadeira Centripetal foi equipada com molas de assento para ajudar a absorver os solavancos das viagens e permitir que os negócios continuassem nos trilhos, no duplo sentido da frase.

      Nos anos que antecederam a Revolução Industrial, as cadeiras de escritório passam a ser usadas como ferramentas de produtividade. Despertou-se o uso consciente dos ambientes de escritório e a necessidade de se trabalhar por mais horas. A cadeira de escritório foi então fundamental para acomodações mais confortáveis, para que os trabalhadores experimentassem menos cansaço ao longo do dia.

      […] No entanto, na década de 20, associava-se preguiça ao ato de sentar confortavelmente e era comum ver pessoas trabalhando em fábricas usando bancos sem encosto. Reagindo às reclamações de queda de produtividade e doença, particularmente entre as mulheres que já eram uma presença crescente na força de trabalho, uma empresa chamada Tan-Sad lançou uma cadeira giratória com encosto curvo que poderia ser ajustado à estatura de cada trabalhador.

      […] Nos anos seguintes surgiram muitas outras cadeiras emblemáticas e produtos tidos como referência de design, conforto e imponência, que fazem parte da história e ainda podem ser vistos no portfólio das empresas. No entanto, é difícil definir uma maneira acordada de medir o sucesso de uma cadeira.

      Cadeiras de escritório são utilizadas para fins profissionais e as demandas das empresas devem sim ser equacionadas levando-se em conta ergonomia, durabilidade e design, mas também o peso relevante da relação custo-benefício dos produtos.

      No terceiro milênio, as cadeiras continuam a evoluir, porém com uma nova característica de serem acessíveis aos orçamentos enxutos das organizações. Hoje é possível se ter produtos ergonomicamente adequados, com conforto e design, sem necessariamente ter que fazer investimentos como já vistos no rol restrito de produtos do passado.

Adaptado de:  Acesso em: 30 out. 2019.



Assinale a alternativa que substitui corretamente o conectivo em destaque em “No entanto, na década de 20, associava-se preguiça ao ato de sentar confortavelmente [...]”.
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