Questões de Concursos Públicos: FEAES PR

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É comum encontrar o paciente disfágico em situação limite em sua vida pessoal, fragilizado pela doença ou mesmo pela situação hospitalar em si. Para muitos, não conseguir comer, sentindo toda série de desconforto decorrente dos sintomas inerentes a disfagia (engasgos, tosse, refluxo nasal, dispneia, etc) ocorre de forma progressiva (envelhecimento, doenças neurológicas progressivas), para outros a disfagia pode ser um sintoma abrupto (pós-AVC) que pode causar total estranhamento. Sobre esse assunto avalie as assertivas a seguir:

I. O fonoaudiólogo, ao abrir espaço em seu atendimento clínico para a escuta de questões emocionais está invadindo o campo da psicologia e atuando de forma antiética.

 II. A recusa alimentar pode ser uma forma de resistência do sujeito de empreender o tratamento, por dificuldade de lidar com a situação nova a que está exposto. E falar sobre isso para o próprio profissional que lida com o manejo da alimentação faz todo o sentido para o paciente, que em seu sofrimento não está preocupado com os limites de cada área de conhecimento.

III. Os AVCs têm início abrupto; paciente e familiares são pegos de surpresa e há total estranhamento frente às sequelas decorrentes. O fonoaudiólogo deve estar preparado para uma escuta clínica desse sofrimento do sujeito.

IV. No ambiente hospitalar, transformações no campo do orgânico (traqueostomias, SNE, gastrostomia, etc) são frequentes e encaradas como normais pela equipe de saúde. No entanto, para o sujeito em sofrimento, tais transformações em seu corpo demandam uma reconstrução/ressimbolização da imagem corporal, sendo que tais aspectos devem ser acolhidos pelo profissional em quem recair a transferência do paciente. Ese é um trabalho de luto imprescindível para que o paciente possa empreender o esforço necessário para sua reabilitação.

Está(ão) CORRETA(S):

A família de um engenheiro mecânico de 76 anos procurou o serviço de fonoaudiologia de uma clínica e relatou que ele entende só o que quer. Quando toca a campainha, o idoso não atende e diz que não ouve, mas se o seu cachorro produz algum som, ele atende prontamente. Não acompanha conversação nas reuniões de família, mas, em conversas particulares, com poucas pessoas, apresenta boa compreensão. Sabe-se que o engenheiro trabalhou, antes de se aposentar, em ambiente ruidoso por 30 anos e fez uso de equipamento de proteção individual, protetor auricular, nos últimos dez anos de trabalho. Atualmente presta seviço autônomo para várias empresas do ramo automotivo. Queixou-se de zumbido constante, intenso, que interfere em seu sono, e da sensação de que os sons estão abafados. Considerando esse caso, assinale a alternativa que apresenta os resultados da avaliação audiológica mais compatíveis com as queixas apresentadas.

O câncer de cabeça e de pescoço ainda têm grande incidência no Brasil, sendo que nos países desenvolvidos o diagnóstico precoce tem contribuído para um prognóstico mais favorável, bem como para a melhora da qualidade de sobrevida do paciente. Frente a esse panorama, o diagnóstico precoce deve ser uma meta a ser atingida o mais rapidamente possível.

Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar:

Paciente, 78 anos, internado há 10 dias, é portador de doença de Parkinson e necessita fazer angioplastia. Está desnutrido e apresentou quadro de pneumonia. Médico solicita avaliação fonoaudiológica. Analise as hipóteses a seguir:

I. Paciente pode estar com quadro de disfagia associado à doença de Parkinson.

II. Paciente apresenta nível de compreensão rebaixado, confusão mental, alteração de linguagem escrita, flacidez de musculatura de OFA, deglutição comprometida para sólidos.

III. Disfagia pode ser induzida por medicamentos neurolépticos. Os antidepressivos geralmente causam secura na mucosa da boca e a diminuicao da saliva compromete a manipulação do bolo alimentar, além de provocar sonolência, diminuição o estado de vigília e comprometendo a deglutição segura.

IV. Disfagia pode ser decorrente da idade em função de rebaixamento da força muscular, deficiência na mastigação (ausência de dentes, prótese mal adaptada).

Quais hipóteses são compatíveis com o quadro desse paciente?

Sobre triagem auditiva em escolares, assinale a alternativa CORRETA:

A fonoaudiologia hospitalar é uma área de atuação relativamente nova a ser implantada em vários estados do país. Além disso, a complexidade do ambiente hospitalar e as especificidades do atendimento, dependendo da unidade em questão, devem ser consideradas, pois o atendimento ambulatorial difere do atendimento em enfermaria e este do atendimento em UTI.

Em relação ao atendimento em UTI de paciente traqueostomizado, indique a alternativa CORRETA:

Imagine que um fonoaudiólogo tenha sido contratado para implantar o serviço de fonoaudiologia num hospital voltado para o atendimento do idoso. Para tanto deverá:

I. Propor palestras informativas sobre temas relacionados à atuação da fonoaudiologia hospitalar para toda a equipe, bem como treinar os atendentes de enfermagem sobre o manejo do paciente disfágico.

II. Ao longo do primeiro ano do serviço, registrar a demanda em cada unidade hospitalar (neurologia, cardiologia, oncologia, clínica geral, cirurgia, ambulatório), o número médio de atendimento realizados versus o número de fonoaudiólogos atuante e o tempo médio (em dias) a fim de realizar um planejamento a curto, médio e longo prazo.

III. Como garantia da produtividade do serviço, registrar o tempo médio entre a passagem da via alternativa de alimentação e a solicitação da avaliação da deglutição, bem como o número de sessões decorrido até a introdução, de forma segura, da alimentação por via oral.

IV. Implantar o ambulatório de disfagia para realizar o acompanhamento do paciente idoso pósinternação, com vistas a reduzir o índice de reinternações.

Está(ão) CORRETA(S):

A atuação fonoaudiológica em quadros neurológicos crônicos deve contemplar o atendimento em si, os familiares, os cuidadores e a posição do sujeito frente a sua doença e a sua própria recuperação. O trabalho em equipe interdisciplinar é altamente recomendável, dada a complexidade da situação. Sobre esse assunto é CORRETO afirmar:

Em um hospital, está sendo implantado o programa de detecção precoce do câncer de boca, uma vez que no mapeamento realizado identificou-se que o diagnóstico é feito tardiamente, quando os tumores se encontram em estádios III e IV.

Com base nesse caso, é CORRETO afirmar.

Em um hospital da cidade, uma criança de 2 anos foi atendida com o seguinte histórico: não fala, comunica-se com gestos e é muito agitada. O médico otorrinolaringologista realizou otoscopia, que se apresentou sem alterações. A criança foi encaminhada para avaliação audiológica cujos resultados foram: ausência de reflexo cocleopalpebral com a utilização de agogô, localização lateral do som do tambor em forte intensidade. A audiometria em campo livre, com a utilização de tons modulados, apresentou respostas auditivas em 500 HZ, na intensidade de 85 dBNA. Nas demais frequências não houve resposta auditiva. A timpanometria apresentou-se do tipo A, segundo a classificação de Jerger, com ausência de reflexos acústicos e emissões otoacústicas, bilateralmente. Na avaliação dos potenciais auditivos de tronco encefálico, foi observada presença de onda V apenas em 99 dBHL, com tempo de latência absoluta da onda aumentada. As demais ondas não foram observadas em ambas as orelhas. Considerando o desenvolvimento da audição e o caso descrito acima, analise as afirmativas a seguir:

I. Tendo em vista que os resultados sugerem presença de surdez, a amplificação sonora monoaural é indicada. O equipamento de amplificação deve ser intracanal e não há necessidade de controles especiais de ganho ou saída acústica máxima.

II. A criança atendida apresenta resultados que indicam perda auditiva de grau profundo, bilateral, do tipo neurossensorial.

III. Os resultados são compatíveis com otosclerose de origem genética, por isso, um procedimento médico e cirúrgico é indicado.

IV. Como existem diversas formas de compreensão da surdez é importante orientar a família sobre o fato de que formas diferentes de atuação são possíveis, permitindo e incentivando-a a decidir sobre a abordagem que lhe pareça ideal.

V. A possibilidade da realização de uma cirurgia para realização de implante coclear (IC) não é considerada, pois a idade da criança ainda não permite.

Está(ão) CORRETA(S):