Segundo Krzysztof Pomian (1988), os museus de Arqueologia tendem a adotar um dos dois seguintes modelos: museus arqueológico-artísticos, que ressaltam os aspectos estéticos e excepcionais dos objetos de suas coleções; museus arqueológicos-tecnológicos, que valorizam seus aspectos técnicos e funcionais. A aplicação destes modelos sugere que:
a) a extroversão do patrimônio arqueológico goiano, caracterizado pela pesquisa notadamente voltada para sítios arqueológicos pré-coloniais, pode se inspirar, prioritariamente, no modelo arqueológico-tecnológico.
b) as tipologias, cunhadas em um contexto europeu, não dão conta das experiências de musealização da Arqueologia Brasileira, uma vez que no Brasil não foi utilizado o modelo arqueológico-artístico.
c) a existência de um modelo arqueológico-tecnológico nos museus resulta diretamente das práticas de desenterramento na pesquisa arqueológica.
d) o trabalho do arqueólogo, embora ligado à interpretação de séries, não permite a um museu transmitir isto com clareza, pois as instituições se interessam em coletar artefatos com valores de excepcionalidade e monumentalidade.