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Questões de Concurso: Redator

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Texto associado.
Para que haja argumentação, é mister que, num dado momento, realize-se uma comunidade efetiva de espíritos. É mister que se esteja de
acordo, antes de mais nada e em princípio, sobre a formação dessa comunidade intelectual e, depois, sobre o fato de se debater uma
questão determinada.
(PERELMAN, Chaïm & OLBRECHTS-TYTECA. Tratado da argumentação. A nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 16)
A repetição da expressão É mister tem a intenção de
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O absolutismo, como o próprio termo sugere, tem como base o poder absoluto do governante, que dessa forma
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Texto associado.

      [...] Em suma, a política está colérica e os relacionamentos nas redes sociais ou mesmo fora delas são o seu retrato mais bem acabado. Um triste retrato de chorar lágrimas de esguicho. No ambiente amistoso ou não das mesas de bar não falávamos o que regurgitamos nesses ambientes. Conforme questionava Monteiro Lobato em A luz do baile, “como (o que mudou), se era a mesma gente?”. [...]

      É necessário que ____________ ao inferno do autoconhecimento e ____________ a própria alma. É preciso que ____________ ao outro o que ____________ de receber. Mas nem as crianças, nem os idosos, nem os desvalidos, nem sequer o luto dos que sofrem, expressão máxima da dignidade humana, são respeitados mais. A urgência deve ser o amor ao próximo, não o ódio sem proximidade. A reação é do instinto humano, mas no ambiente álgido de hoje muitos contra-atacam sem serem importunados pelo simples prazer de atingir alguém. Ou mesmo por puro comportamento de manada – uma maneira estranha de ser aceito ou mesmo aplaudido em suas bolhas, em geral, formada por pessoas que abominam o contraditório. [...]

(Disponível em: https://istoe.com.br/o-maniqueismo-que-nos-alimenta--e-o-amor-que-nos-falta/. Adaptado.)

Em relação ao padrão ortográfico vigente da língua portuguesa, considere as seguintes sentenças:


1. No primeiro parágrafo, a expressão em destaque (“nesses ambientes”) refere-se a “mesas de bar”.

2. No primeiro parágrafo, o autor contrapõe comportamentos do passado e do presente.

3. No segundo parágrafo, a expressão máxima da dignidade humana é o respeito ao luto de quem sofre.


Assinale a alternativa correta.

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Texto associado.
Quando no decênio final do século XVI, os Países Baixos consolidaram militarmente na Europa sua independência da Espanha, a
ofensiva batava desdobrou-se em ofensiva ultramarina visando à destruição das bases coloniais da riqueza e do poderio ibéricos. Nos
primeiros anos do século XVII, a Companhia das Índias Orientais (VOC), sociedade de ações operando mediante monopólio outorgado pelo
governo neerlandês, promoveu o comércio e a colonização na Ásia em detrimento da presença espanhola e portuguesa naquela parte das
Índias Ocidentais (doravante referida também pelas suas iniciais holandesas WIC, ou “West Indische Compagnie”), idêntico modelo
institucional foi adotado para as Américas e para a costa ocidental da África.
(MELLO, Evandro Cabral de. “Introdução”. In: O Brasil Holandês, São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2010, p. 12)
Predomina no texto a seguinte função da linguagem:
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Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios, chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem inúmeros outros. São eles:
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Texto associado.
Considere o texto a seguir.
A globalização existe, é um fato, ou melhor, um processo histórico. Ao longo dos anos 1990, quando o debate era
mais acirrado, os que acreditavam na existência da globalização podiam ser divididos em dois grupos. Embora não
houvesse homogeneidade dentro deles, uns viam o fenômeno como algo positivo, tendendo à sua celebração,
outros o viam como algo negativo.
(SENE, Eustáquio de. Globalização e espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 2003, p. 32-33)
Dentre os aspectos positivos e negativos da globalização que pontuaram o debate acima, mencionam-se, respectivamente, argumentos como
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A frase que apresenta total simetria de construção, ou paralelismo, é:
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Texto associado.
ANTÍDOTO À RESSACA VIRTUAL
A Cura do Cibervício está em uma invenção ancestral: o livro
Sócrates não gostava de livros. Ao menos, é o que sugere certa passagem em Fedro, de Platão. Para demonstrar que o
diálogo pessoal é superior à leitura, Sócrates conta a seguinte parábola sobre a invenção da escrita: o deus egípcio
Tot foi criador das artes e ciências; terminado o rol de inovações, mostrou-as a Amon, divindade rabugenta e
previdente. Amon aprovou a álgebra, a geometria e o jogo de xadrez, mas franziu o cenho ao ver o alfabeto (ou, no
caso, os hieróglifos). "Essa invenção vai introduzir o esquecimento no espírito de todos que a aprenderem", previu.
"Os homens deixarão de exercitar a memória, pois colocarão toda sua fé em signos externos."
O discurso antilivresco de Sócrates é dos primeiros exemplos do que mais tarde seria chamado ludismo - a ideia de
que o avanço tecnológico acabará nos conduzindo a uma catástrofe generalizada. É estranho, e revelador, que a
condenação socrática tenha chegado até nós por meio de um livro: ocorre que as ondas tecnofóbicas costumam se
propagar exatamente nos meios que condenam.
Mas vale notar também que, num ponto, Sócrates - ou Amon - estava certo: a introdução da escrita alterou a forma
como o cérebro humano funciona. Os milhares de versos da Ilíada e da Odisseia foram criados oralmente e
guardados na lembrança; mas eu não conseguiria compor metade deste parágrafo sem fazer duas ou três notas.
Depois de assimilarmos a invenção de Tot, nossa memória jamais foi a mesma.
Toda inovação técnica implica acréscimos mas também subtrações à experiência humana. Os ganhos da revolução
digital são inegáveis - mas ela também implicou perdas e síndromes que já configuram uma ressaca virtual
globalizada. O cérebro humano está mudando de novo, e nem sempre para melhor: a chuva meteórica de
informações fragmentárias prejudicou nossa capacidade para a contemplação e o raciocínio linear; o imediatismo das
redes nos condiciona a reagir de forma superficial e raivosa à complexidade do mundo; o ethos da exposição
constante faz com que o íntimo se amolde ao coletivo, e o resultado é um sectarismo alucinado, intrometido e
onipresente. Não me entendam mal; não sou um ludista, nem pretendo deletar minhas contas nas redes sociais. Mas
toda ressaca precisa de um antídoto. O remédio que encontrei contra os excessos da nova reprogramação cerebral foi
recorrer à velhíssima invenção de Tot: curei os achaques do cibervício retornando, com voracidade dupla, à leitura
de imersão. Para que funcione, essa terapia deve ocorrer em doses diárias e envolver obras que nada tenham a ver
com temas urgentes ou profissionais; quanto mais aparentemente inúteis, melhor. Alegar falta de tempo é
autoengano: meia hora de leitura concentrada todos os dias é o suficiente para salvar nossa alma - ou aquelas partes
de nosso antigo cérebro que não deveriam cair na lixeira da evolução.
Claro, todo remédio tem seu efeito colateral: li tanto, nos últimos meses, que perdi temporariamente a disposição
para conversar cara a cara. Não sei o que Sócrates diria a respeito.
José Francisco Botelho. Publicado em VEJA de 6 de fevereiro de 2019, edição nº 2620
(Disponível em: https://veja.abril.com.br/entretenimento/antidoto-a-ressaca-virtual/Acesso em 08/02/2019).
Segundo o texto, a previsão de Amon confirmou-se, porque:
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Texto associado.
   Trocando os pés pelas mãos


Usamos as mãos para quase tudo. Por isso, cada um dos nossos dedos possui uma região correspondente no cérebro. Esse mapeamento cerebral superespecífico torna o controle de todos os pedacinhos articulados da mão muito mais preciso. Mas o que acontece com quem não tem esses membros? Um estudo mostrou que, em pessoas que precisam usar os pés para tarefas diárias, como escovar os dentes (e até pintar, no caso de artistas), os dedos do pé acabam substituindo os das mãos, ocupando a mesma área cerebral. Mas só com muito treino: é preciso desenvolver a percepção sensorial de cada dedo do pé, individualmente.

                                                     (Revista Superinteressante, ed. 408, outubro 2019.)

Quanto à estrutura argumentativa do texto, considere as seguintes afirmativas:


1. No último período do texto, “é preciso desenvolver a percepção sensorial de cada dedo do pé, individualmente” constitui uma premissa, e “só com muito treino” é uma conclusão.

2. No segmento “Esse mapeamento cerebral superespecífico torna o controle de todos os pedacinhos articulados da mão muito mais preciso”, “mapeamento cerebral superespecífico” é uma premissa, e “controle de todos os pedacinhos articulados da mão muito mais preciso” é uma conclusão.

3. No segmento “Usamos as mãos para quase tudo. Por isso, cada um dos nossos dedos possui uma região correspondente no cérebro”, “cada um dos nossos dedos possui uma região correspondente no cérebro” é uma premissa, e “usamos as mãos para quase tudo” é uma conclusão.


Assinale a alternativa correta.

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Texto associado.
         O futuro é dos pirralhos

      A tendência para negligenciar a capacidade intelectual e de mobilização dos mais jovens marcou a História desde os primórdios da Humanidade até aos anos 1950.

      Provavelmente por isso, ou na sequência do fim dessa realidade que durante séculos serviu de travão ao arrojo e ao risco, o Mundo avançou tanto nos últimos 30 anos como nos dois mil anteriores. Perante o que me parece uma evidência, surpreende-me que tanta gente se preocupe mais em achincalhar do que em compreender novas tendências, preocupações e projetos de um futuro diferente para melhor.

      A onda de reprovação que envolveu Greta Thunberg nos últimos meses insere-se neste quadro de negação, de complexo de avestruz que, de forma mais aberta ou dissimulada, vai marcando muitos discursos, da Imprensa à política.

      Depois de Donald Trump, a imitação barata brasileira, Jair Bolsonaro, chamou “pirralha” à jovem ativista sueca, classificação que, admito, deve merecer aprovação junto de um conclave de líderes mundiais populistas cujo enquadramento ideológico, a existir, representa um recuo de cem anos.

      O estilo de Greta Thunberg não me seduz. Mas isso não me impede de perceber que representa, provavelmente, milhões de jovens por esse mundo fora, e que, sem filtros, como quase todos os adolescentes, atira para a discussão verdades que mais ninguém consegue dizer a uma classe política estagnada e egoísta cujo filão programático se esgota nas bíblias da alta finança. Tivessem os políticos a capacidade mobilizadora da adolescente sueca, e um dos grandes problemas da democracia não seria, seguramente, a escassa participação das populações nos atos eleitorais.

(Disponível em: https://www.jn.pt/opiniao/vitor-santos/o-futuro-e-dos-pirralhos-11608999.html)

No penúltimo parágrafo, o termo em destaque (“deve”) tem o sentido de:
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