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Questões de Concurso: IBADE

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Acerca dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição de 1988, é correto dizer que:
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A borracha natural, produto exclusivo da Amazônia, passou a ser muito valorizada, principalmente a partir do
(da):
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Com relação aos crimes contra a administração pública, apresentam-se como atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário: 
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Texto associado.
Com relação aos Atos de Improbidade Administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública,
leia os itens abaixo:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência.
II - Antecipar, indevidamente, ato de ofício.
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que devam permanecer em
segredo.
IV - divulgar publicidade dos atos oficiais.
V - incentivar a licitude de concurso público.
A alternativa que indica os itens corretos é:
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Texto associado.
Eu, Mwanito, o afinador de silêncios 
(Excerto) 
A família, a escola, os outros, todos elegem em nós uma centelha promissora, um território em que poderemos brilhar. Uns nasceram para cantar, outros para dançar, outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez. 
Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios. 
— Venha, meu filho, venha ajudar-me a ficar calado. 
Ao fim do dia, o velho se recostava na cadeira da varanda. E era assim todas as noites: me sentava a seus pés, olhando as estrelas no alto do escuro. Meu pai fechava os olhos, a cabeça meneando para cá e para lá, como se um compasso guiasse aquele sossego. Depois, ele inspirava fundo e dizia: 
— Este é o silêncio mais bonito que escutei até hoje. Lhe agradeço, Mwanito. 
Ficar devidamente calado requer anos de prática. Em mim, era um dom natural, herança de algum antepassado. Talvez fosse legado de minha mãe, Dona Dordalma, quem podia ter a certeza? De tão calada, ela deixara de existir e nem se notara que já não vivia entre nós, os vigentes viventes. 
— Você sabe, filho: há a calmaria dos cemitérios. Mas o sossego desta varanda é diferente . 
Meu pai. A voz dele era tão discreta que parecia apenas uma outra variedade de silêncio. Tossicava e a tosse rouca dele, essa, era uma oculta fala, sem palavras nem gramática. 
Mia Couto, excerto do capítulo "Eu, Mwanito, o afinador de silêncios" | Livro Um - Humanidade, no livro "Antes de Nascer o Mundo", (romance). São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2009,
“...tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude.” 
“— Venha, meu filho, venha ajudar-me a ficar calado." 
As palavras "quietude”, “filho" e "calado", retiradas dos trechos em destaque, têm, respectivamente, as seguintes funções sintáticas:
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“___________ é, juridicamente, a lei fundamental e suprema de um Estado, contendo as normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aquisição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos”. O documento que completa corretamente a lacuna acima é: 
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Texto associado.
Eu, Mwanito, o afinador de silêncios 
(Excerto) 
A família, a escola, os outros, todos elegem em nós uma centelha promissora, um território em que poderemos brilhar. Uns nasceram para cantar, outros para dançar, outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silêncio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez. 
Quando me viam, parado e recatado, no meu invisível recanto, eu não estava pasmado. Estava desempenhado, de alma e corpo ocupados: tecia os delicados fios com que se fabrica a quietude. Eu era um afinador de silêncios. 
— Venha, meu filho, venha ajudar-me a ficar calado. 
Ao fim do dia, o velho se recostava na cadeira da varanda. E era assim todas as noites: me sentava a seus pés, olhando as estrelas no alto do escuro. Meu pai fechava os olhos, a cabeça meneando para cá e para lá, como se um compasso guiasse aquele sossego. Depois, ele inspirava fundo e dizia: 
— Este é o silêncio mais bonito que escutei até hoje. Lhe agradeço, Mwanito. 
Ficar devidamente calado requer anos de prática. Em mim, era um dom natural, herança de algum antepassado. Talvez fosse legado de minha mãe, Dona Dordalma, quem podia ter a certeza? De tão calada, ela deixara de existir e nem se notara que já não vivia entre nós, os vigentes viventes. 
— Você sabe, filho: há a calmaria dos cemitérios. Mas o sossego desta varanda é diferente . 
Meu pai. A voz dele era tão discreta que parecia apenas uma outra variedade de silêncio. Tossicava e a tosse rouca dele, essa, era uma oculta fala, sem palavras nem gramática. 
Mia Couto, excerto do capítulo "Eu, Mwanito, o afinador de silêncios" | Livro Um - Humanidade, no livro "Antes de Nascer o Mundo", (romance). São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2009,
Neste belíssimo trecho do livro “Antes de nascer o mundo”, Mia Couto aproxima-nos, de modo muito poético e original, de uma atmosfera bem particular. A afirmativa que sintetiza a temática abordada no texto é: 
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