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Questões de Concurso: Compreensão e Interpretação de Textos

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O texto a seguir contém trechos de uma entrevista dada por Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, sobre a volta da febre amarela e da zika no Brasil, para a revista Pesquisa Fapesp. Numere a coluna da direita, relacionando as respostas com as respectivas perguntas. 
1. Como está seu trabalho sobre febre amarela? 
2. A febre amarela vai voltar? 
3. Todos no país deveriam ser vacinados? 
4. Como explicar a volta do sarampo e outras doenças que estavam controladas? 
( ) É provável, principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná, por causa da dispersão do vírus nesses estados. Mesmo no inverno, houve relatos de mortes de macacos por febre amarela no litoral paulista, sinal de que o vírus continua se espalhando.
 ( ) A vacinação deve ser feita com cautela, mas, a meu ver, tem de vacinar o país inteiro. Defendo isso desde os episódios em Minas Gerais nos anos 1990. 
( ) Com uma aluna de doutorado, Milene Silveira Ferreira, estou concluindo um estudo sobre a evolução da doença em macacos do gênero Saimiri, o micode-cheiro, para entender por que um paciente que está bem de repente piora e morre.
 ( ) A dificuldade de controlar as epidemias de doenças antigas ou evitar a introdução no país de vírus originários de outros locais tem várias causas. Uma é a movimentação cada vez mais intensa e rápida de pessoas de um lado para outro do planeta. Esse é um poderoso mecanismo de disseminação de doenças, que não se consegue impedir. No Brasil, onde a estrutura de saúde e do sistema de vigilância é ainda falha e passiva, é quase impossível.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
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ENTENDENDO DIALETOS Clara Braga

Quem já teve a oportunidade de conviver minimamente com uma criança, sabe que o processo de aprender a falar pode render boas histórias. As crianças, antes de desenvolverem 100% dessa habilidade, parece que criam um dialeto. E engana-se quem acha que o dialeto de todas as crianças é igual e que, se você entende o que seu sobrinho ou priminho fala, vai entender todas as crianças. O dialeto da criança é tão complexo que, com exceção de poucas palavras que todas parecem falar de uma forma igual, só aquela criança fala aquela língua e só uma pessoa entende 100% do que está sendo dito: o ser que eu chamo de “pãe”. “Pãe” seria a mistura do pai e da mãe, pois raramente um dos dois entende tudo o que o filho está dizendo, eles podem entender a frase toda pelo contexto, mas decifrar e compreender palavrinha por palavrinha, é um trabalho de grupo. Às vezes pode parecer complicada essa coisa de não entender o que a criança está querendo dizer, mas confiem, em alguns momentos isso pode ser bom. Outro dia estava em um restaurante com meu filho e, como toda criança, ele ficou um tempo sentado e depois foi explorar a redondeza. Fui acompanhando e, no caminho, encontramos uma avó que estava acompanhando a neta enquanto a mãe jantava no mesmo restaurante onde estávamos. A senhora começou a puxar assunto com meu filho, na tentativa de aproximar a neta. Meu filho se mostrou aberto à aproximação e ia respondendo tudo que a senhora perguntava. Lá pelas tantas, quando eu já estava surpreendida com a quantidade de palavras que a senhora estava entendendo do dialeto do meu filho, ele decidiu pegar algo com a mão e mostrar para a senhora e para a pequena netinha o quão forte ele era. Foi então que a senhora soltou a frase: uau, como você é forte! Ele respondeu com uma de suas frases prediletas, aprendida por causa de seu interesse e do vício do pai pelo universo dos heróis: Hulk esmagaaaaaa! Mas ele não disse com um ar doce, ele disse como se estivesse com raiva e de fato esmagando o que estava na sua mão, tudo isso enquanto olhava bem nos olhos na netinha da senhora. Eu fiquei um pouco assustada e com receio do que viria depois, já dei um riso meio sem graça e estava procurando uma desculpa para aquela frase nada acolhedora. Porém, os santos do dialeto me salvaram. Quando ouviu a frase a senhora logo respondeu para meu filho: ah sim, você é forte porque come manga! Vou dar muita manga para minha netinha, assim ela fica forte como você! Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza. Muito melhor uma neta comendo muita manga do que traumatizada com um bebê que estava prestes a ficar verde e esmagar as coisas ao redor. Acho que vou optar por mostrar para ele desenhos com frases mais amigáveis, ele está indo bem no processo da fala, mas talvez algo mais dócil ajude no processo de socialização. Disponível em: . Acesso em: 04 fev. 2020.

As palavras destacadas no trecho “E engana-se quem acha que o dialeto de todas as crianças é igual e que, se você entende o que seu sobrinho ou priminho fala, vai entender todas as crianças.”, poderiam ser substituídas, mantendo o mesmo sentido, respectivamente, por

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                                                                                              ENTENDENDO DIALETOS                                                                           Clara Braga 

Quem já teve a oportunidade de conviver minimamente com uma criança, sabe que o processo de aprender a falar pode render boas histórias. As crianças, antes de desenvolverem 100% dessa habilidade, parece que criam um dialeto. E engana-se quem acha que o dialeto de todas as crianças é igual e que, se você entende o que seu sobrinho ou priminho fala, vai entender todas as crianças. O dialeto da criança é tão complexo que, com exceção de poucas palavras que todas parecem falar de uma forma igual, só aquela criança fala aquela língua e só uma pessoa entende 100% do que está sendo dito: o ser que eu chamo de “pãe”. “Pãe” seria a mistura do pai e da mãe, pois raramente um dos dois entende tudo o que o filho está dizendo, eles podem entender a frase toda pelo contexto, mas decifrar e compreender palavrinha por palavrinha, é um trabalho de grupo. Às vezes pode parecer complicada essa coisa de não entender o que a criança está querendo dizer, mas confiem, em alguns momentos isso pode ser bom. Outro dia estava em um restaurante com meu filho e, como toda criança, ele ficou um tempo sentado e depois foi explorar a redondeza. Fui acompanhando e, no caminho, encontramos uma avó que estava acompanhando a neta enquanto a mãe jantava no mesmo restaurante onde estávamos. A senhora começou a puxar assunto com meu filho, na tentativa de aproximar a neta. Meu filho se mostrou aberto à aproximação e ia respondendo tudo que a senhora perguntava. Lá pelas tantas, quando eu já estava surpreendida com a quantidade de palavras que a senhora estava entendendo do dialeto do meu filho, ele decidiu pegar algo com a mão e mostrar para a senhora e para a pequena netinha o quão forte ele era. Foi então que a senhora soltou a frase: uau, como você é forte! Ele respondeu com uma de suas frases prediletas, aprendida por causa de seu interesse e do vício do pai pelo universo dos heróis: Hulk esmagaaaaaa! Mas ele não disse com um ar doce, ele disse como se estivesse com raiva e de fato esmagando o que estava na sua mão, tudo isso enquanto olhava bem nos olhos na netinha da senhora. Eu fiquei um pouco assustada e com receio do que viria depois, já dei um riso meio sem graça e estava procurando uma desculpa para aquela frase nada acolhedora. Porém, os santos do dialeto me salvaram. Quando ouviu a frase a senhora logo respondeu para meu filho: ah sim, você é forte porque come manga! Vou dar muita manga para minha netinha, assim ela fica forte como você! Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza. Muito melhor uma neta comendo muita manga do que traumatizada com um bebê que estava prestes a ficar verde e esmagar as coisas ao redor. Acho que vou optar por mostrar para ele desenhos com frases mais amigáveis, ele está indo bem no processo da fala, mas talvez algo mais dócil ajude no processo de socialização. Disponível em: . Acesso em: 04 fev. 2020. 

Sobre o vocábulo destacado no trecho “Fiquei aliviada com a interpretação que ela fez da frase que, para mim, ele tinha dito com muita clareza.”, assinale a alternativa correta. 
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Na era de ouro da comunicação, pululam informações falsas que buscam difundir crenças sem qualquer base científica. Conceitos consolidados ao longo de séculos, como a esfericidade da Terra, passam a ser questionados de forma simplória e irresponsável. Conteúdos pseudocientíficos na internet desautorizam, por exemplo, a eficácia de vacinas e a utilidade da energia nuclear. Mas conhecer e entender o mundo a partir do método científico é a forma mais eficiente de melhorá-lo. Um dos conselhos mais conhecidos em divulgação científica é: se há algo importante a ser dito, que seja dito logo. Cumpre-se, então, o conselho: a Terra é redonda. Para um(a) leitor(a) desavisado(a), pode parecer exagero ter de lembrar o formato de nosso planeta, mas os tempos mudam e nem sempre para melhor. Esse fato científico consolidado tem sido questionado em sítios pseudocientíficos na internet. Nossa tarefa aqui é consertar esse equívoco. […] (Adaptado de: http://cienciahoje.org.br/artigo/a-terra-e-redonda/, acesso em 28, fev. 2019.) Com relação ao texto lido, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: 
( ) O autor do texto traz informações sem se posicionar sobre o assunto. 
( ) De acordo com o texto, o conhecimento deve ser obtido por meio do método científico, e não apenas pela difusão de ideias e crenças que não podem ser provadas pela ciência.
 ( ) O termo em destaque no texto pode ser substituído, sem alteração de sentido, por “brotam”. 
( ) Um título apropriado para este texto seria “A plenitude da Terra”. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 
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Esta startup compra roupas usadas e devolve para as fabricantes revendê-las

     Britânica Stuffstr desenvolveu um negócio que tem como objetivo finalizar o ciclo de uso das vestimentas. Adidas já é uma das parceiras

    Pelo menos uma vez por ano, algumas pessoas fazem aquela limpeza no guarda roupas e pensam no que fazer com peças que não servem mais ou que já não combinam com o novo estilo de vida. A partir daí, as roupas são direcionadas para doação ou para revenda em sites ou brechós. Muitas, ainda, acabam sendo descartadas, mesmo com condições de uso. Enquanto isso, a fabricante não tem ideia de qual fim tiveram as peças produzidas.

    De olho nessa oportunidade, a startup britânica Stuffstr resolveu aprimorar o trabalho de recolhimento e repasse de roupas de segunda mão. Eles coletam e armazenam dados dos produtos por até cinco anos. Os clientes então podem pesquisar para descobrir quanto a empresa pagará para comprar o item de volta.

    startup coleta o item do consumidor e leva para o local de triagem, que analisa se a peça ainda tem condições de uso. As que têm são direcionadas de volta às empresas; já as que têm perda total vão para reciclagem. A Stuffstr, então, envia essas informações de volta às marcas, com base nas condições das roupas devolvidas.

    As marcas podem usar essas informações para planejar o desenvolvimento futuro de produtos, visando melhor durabilidade, e ajustar os preços que oferecem aos consumidores pelos itens usados.

    Com isso, a startup argumenta que os consumidores ganham um dinheiro extra, o desperdício é reduzido e as marcas obtêm dados e informações valiosas sobre as peças e os clientes. As primeiras parcerias da Stuffstr foram com as empresas John Lewis e Adidas. Ao entrar no site das marcas, o cliente se depara com a possibilidade de vender peças usadas para a startup.

     À Forbes, o co-fundador da Stuffstr, John Atcheson disse que a startup está “em uma posição única para poder oferecer aos consumidores um nível sem precedentes de transparência sobre o que acontece com o material – onde é revendido e por quanto – e até o que acontece se não puder ser revendido e for direcionado para a reciclagem. 70% de tudo o que estamos comprando vai para aterros, mesmo que ainda seja utilizável”, diz. De acordo com ele, a ideia é fechar o ciclo de uso das peças e reduzir o descarte desnecessário.

Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Moda/noticia/2020/01/esta-startup-compra-roupasusadas-e-devolve-para-fabricantes-revende-las.html. Acesso em: 29 jan. 2020

Os criadores da startup Stuffstr viram uma oportunidade de negócios:
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Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.
“Natal na Barca”, de Lygia Fagundes Telles
01 Depois de pensar em livros para ler nos dias de sol, “inundados de sol”, do verão, comecei
02 a pensar em livros de Natal. Não em livros para dar de presente no Natal — quase todos servem
03 para isso —, mas em livros em que o Natal apareça, ainda que só nos fundos, ou que se passem
04 em dezembro. Há os clássicos natalinos, como Um conto de Natal, de Charles Dickens, e "O
05 presente dos magos", aquele conto tristíssimo de O. Henry em que um casal paupérrimo se
06 sacrifica para comprar um presente de Natal um para o outro. Lembrei-me também de O
07 apanhador no campo de centeio, que se passa todo poucos dias antes do Natal; e de Madame
08 Bovary, porque Emma e Charles casam perto do Natal, quando a província francesa fica branca de
09 neve. Pois é, todos esses são livros sobre o Natal nevado... E o chuvoso e abafado Natal dos
10 trópicos, cadê? Vieram-me ___ memória dois contos de Lygia Fagundes Telles que li na escola:
11 “Natal na barca” e “Dezembro no bairro”. Não me lembrava dos enredos, mas presumi que
12  "Dezembro no bairro" era um conto natalino porque tudo em dezembro tem a ver com Natal.
13 Lembrei-me dos contos porque, outro dia, passei um tempo considerável namorando a
14 caprichosa antologia de Lygia que a Companhia das Letras acaba de publicar: Os contos. O livro
15 ainda traz algumas fotos de Lygia, sem dúvida uma das escritoras mais bonitas que a literatura já
16 conheceu: Lygia sorrindo, Lygia lendo, Lygia de perfil, Lygia com Hilda Hilst, Lygia encarando a
17 câmera. Numa das fotos, Lygia aparece caminhando num lugar bucólico ao lado de seu marido, o
18 crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes. Lygia encara ___ câmera; Paulo Emílio olha para ela
19 e parece sorrir. Na internet há mais fotos dos dois juntos. Lygia e Paulo Emílio no túmulo de Marx.
20 Ela sorri para a câmera; ele sorri para ela. Em outra foto, Lygia descansa a cabeça no ombro de
21 Paulo Emílio e olha para a câmera. Paulo Emílio olha para ela. E sorri, meio bobo. Enfim, vamos
22 aos contos.... Afinal este pretende ser um texto sobre contos de Natal e não sobre a beleza
23 hipnótica de Lygia Fagundes Telles.
24 “Natal na barca” é narrado por uma mulher. Decerto uma mulher elegante, como Lygia. A
25 narradora fuma (o conto é de 1958) e carrega uma pasta (de advogada?). No posfácio de Os
26 contos, a crítica literária Walnice Nogueira Galvão afirma que “ler Lygia Fagundes Telles sem
27 visualizar uma mulher é difícil” e arrisca até uma descrição dessa narradora de “Natal na barca”:
28 "Uma persona discreta, reticente e reservada, semelhante ___quela que escreve. Com o corte
29 pajem, adequado a seu cabelo liso, sem enfeites nem artifícios, blazers de linha clássica, camisas
30 claras, saias de cor cinza. Essa é a narradora que visualizamos ao ler sua ficção". No conto, a
31 narradora elegante faz uma viagem de barca, na noite de Natal, na companhia de um bêbado e
32 de uma professora pobre com um filho doente nos braços (uma imagem da Virgem Maria com seu
33 bebê divino?).
34 A narradora não quer falar com ninguém, não quer envolver-se nos "tais laços humanos",
35 mas acaba conversando com a jovem mãe, que precisa levar seu filho ao médico. A mãe conta
36 que, um ano antes, perdera seu filho mais velho, de 4 anos, e fora abandonada pelo marido, mas
37 matinha a fé: "Deus nunca me abandonou". A fé da mãe pobre desconcerta a narradora
38 requintada, que talvez depositasse sua confiança na solidez de pastas elegantes e cigarros. Ao se
39 aproximar para ver o bebê, ela o percebe imóvel e é tomada pela certeza desesperadora de que
40 estava morto e a mãe percebera. Será que sua fé simples a salvaria agora? O conto termina meio
41 ambíguo. Outra vez, o leitor (e a narradora) não sabe direito o que aconteceu. Um milagre de
42 Natal, talvez?
43 Além do Natal, esse conto apresenta o suspense, a ambiguidade. O leitor termina sem
44 saber direito o que aconteceu. Acontece mesmo um milagre em "Natal na barca" ou a narradora
45  elegante só se confundiu? O leitor chega ao fim do conto sem saber direito como chegou lá.
46 Parece que faltou alguma informação, que ele perdeu alguma coisa, que não reparou no que
47 acontecia nos fundos do conto, nas entrelinhas. A narrativa elegante e furtiva de Lygia hipnotiza o
48 leitor, prende-lhe ___ atenção com os detalhes, afasta as perguntas curiosas e o conduz até uma
49 conclusão inconclusiva, que perturba e faz pensar. "Quando foi que a narrativa tomou o rumo que
50 tomou? Será que eu me distraí?", pensa o leitor. Talvez aí ele entenda por que Paulo Emílio não
51 conseguia tirar seus olhos sorridentes de Lygia.
(Ruan de Sousa Gabriel. 12/12/2018. Disponível em https://epoca.globo.com. Adaptado)
Analise as assertivas a seguir, acerca do texto lido:
I. Os comentários do autor, nas linhas 25 (segunda abertura de parênteses) e 32-33, estão entre parênteses porque se caracterizam como suposições acerca do texto literário abordado.
II. A estratégia do autor, empregada na construção do texto, inicia o texto com uma digressão acerca do olhar do marido da autora para sua figura enigmática e fecha o texto relacionando este olhar ao estilo narrativo da autora.
III. “Dezembro no bairro” é um dos contos dos quais o autor tem uma vívida memória e passa-se na época natalina.
Quais estão corretas?
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FEMINICÍDIO


O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, fatores que também podem envolver violência sexual) ou em decorrência de violência doméstica. A lei 13.104/15, mais conhecida como Lei do Feminicídio, alterou o Código Penal brasileiro, incluindo como qualificador do crime de homicídio o feminicídio.


Tipos de feminicídio


A Lei do Feminicídio não enquadra, indiscriminadamente, qualquer assassinato de mulheres como um ato de feminicídio. O desconhecimento do conteúdo da lei levou diversos setores, principalmente os mais conservadores, a questionarem a necessidade de sua implementação. Devemos ter em mente que a lei somente aplica-se nos casos descritos a seguir:


  • • Violência doméstica ou familiar: quando o crime resulta da violência doméstica ou é praticado junto a ela, ou seja, quando o homicida é um familiar da vítima ou já manteve algum tipo de laço afetivo com ela. Esse tipo de feminicídio é o mais comum no Brasil, ao contrário de outros países da América Latina, em que a violência contra a mulher é praticada, comumente, por desconhecidos, geralmente com a presença de violência sexual.


  • • Menosprezo ou discriminação contra a condição da mulher: quando o crime resulta da discriminação de gênero, manifestada pela misoginia e pela objetificação da mulher.


Objetivo e a importância da Lei do Feminicídio


Em razão dos altíssimos índices de crimes cometidos contra as mulheres que fazem o Brasil assumir o quinto lugar no ranking mundial da violência contra a mulher, há a necessidade urgente de leis que tratem com rigidez tal tipo de crime. Dados do Mapa da Violência revelam que, somente em 2017, ocorreram mais de 60 mil estupros no Brasil. Além disso, a nossa cultura ainda se conforma com a discriminação da mulher por meio da prática, expressa ou velada, da misoginia e do patriarcalismo. Isso causa a objetificação da mulher, o que resulta, em casos mais graves, no feminicídio.


A imensa quantidade de crimes cometidos contra as mulheres e os altos índices de feminicídio apresentam justificativas suficientes para a implantação da lei 13.104/15. Além disso, são necessárias políticas públicas que promovam a igualdade de gênero por meio da educação, da valorização da mulher e da fiscalização das leis vigentes.


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/feminicidio.htm, acesso em fevereiro de 2020).

De acordo com o texto, assinale a alternativa que destaca a relevância da lei e da discussão sobre feminicídio:
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                        Socorro, meu site parou de funcionar! E a culpa é do mito. 

Vejam a confusão que se avizinha. O WordPress é a principal plataforma de gestão de conteúdo de sites no mundo. É um sistema livre e aberto e uma das ferramentas mais utilizadas por sua funcionalidade de uso e versatilidade. Para os numerólogos, o WP detém 60% de participação do mercado global; 17 posts são publicados a cada segundo em sites do WP em todo mundo; empresas como o New York Observer, o New York Post, o TED, o Thought Catalog, Williams, o USA Today, a CNN, a Fortune.com, a TIME.com, a National Post, a Spotify, a TechCrunch, a CBS Local e a NBC usam o WP. Para encerrar, cerca de 19.500.000 sites em toda a web usam o WordPress. Se quiser mais informações, acesse http://bit.ly/2VE09Pj. Acontece que, para o seu bom funcionamento, é necessário a instalação de plugins. Muitos plugins. O plugins ou extensões (também conhecidos por plug-in, add-in, add-on) são programas de computador usados para adicionar funções a outros programas maiores, promovendo alguma funcionalidade especial ou específica. Ou seja, ele é uma espécie de “caixa de marcha” do site. Assim sendo, os pluginssão indispensáveis na construção da arquitetura de todos os sites. E a maioria deles é gratuita. A novidade, agora, é que eles estão se tornando pagos. Por isso, sem mais nem menos, não consegui, ontem, trabalhar o meu site mondolivro.com.br. Vou explicar. Do nada, a criação e edição do site parou de funcionar. Só isso, imagina... você tecla “Adicionar novo” ele te manda para o Nirvana, ou seja, depois de três séculos de minutos pensando, abre uma página com um “Erro 504” do “Guru Meditation”. Não é piada, eu printei. Foi quando meu verdadeiro guru, o Anderson Clayton, me alertou: o plugin Toolset Types parou de ter atualizações, ou seja, ele não existe mais. Pior: esta crise shekespeareana é a coisa mais comum na plataforma de WP, hoje. Eles tem uma crise de identidade, somem e reaparecem comum aviso, convidando para ingressar na versão paga. É isso ou reconstruir todo o site com um novo plugin. Mas tudo bem, afinal, ninguém vai reclamar de pagar pelo que é indispensável ao funcionamento do site. Mas aí o pior: o plugin mira a Pessoa Jurídica. O preço flutua entre U$ 159 e U$ 300!! Mas estamos falando de UM plugin. Normalmente, um site médio utiliza entre 10 e 30. Mais informações aqui: http://bit.ly/2VFjWOx. Será uma espécie de retorno em versão cibernética ao mito do Cavalo de Troia? Um presente lindo que, por dentro, reserva uma surpresa desagradável? Estaremos, portanto, caminhando para outra cadeia de serviços, ainda não sistematizada do ponto de vista tecnológico? Estaremos subordinados, em breve, a uma casta de programadores, desenvolvedores e afins? Sem dúvida. É uma questão de tempo. Pouco tempo, podem ter certeza. (Por Afonso Borges. Disponível em: https://blogs.oglobo.globo. com/ afonso-borges/post/socorro-meu-site-parou-de-funcionar-e-culpae-domito.html. Acesso em: 23/06/2019.)
Neste trecho “Eles tem uma crise de identidade (...)” (4º§), é correto afirmar que a forma verbal tem:
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Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão. 
                                               As cidades perdidas da Amazônia                                          
                                                                                                                                Reinaldo José Lopes
        É inevitável pensar na floresta amazônica como uma gigantesca mata virgem, praticamente
intocada. Claro, todos sabemos que a região é habitada por dezenas de povos indígenas. Mas a
ideia predominante no imaginário das pessoas é a de que eles sempre viveram em perfeita
harmonia com o ambiente, interferindo o menos possível na natureza e tirando dela apenas o
essencial para sua sobrevivência. Ao que tudo indica, essa visão romântica está completamente
errada.
        Não que tenham sido erguidas na Amazônia pirâmides ao estilo das construídas por maias e
astecas na América Central – isso continua sendo pura ficção. Mas descobertas arqueológicas
feitas nas últimas três décadas indicam que, antes de o Brasil ser descoberto, a população nativa
da Floresta Amazônica era muito mais numerosa e sofisticada do que se costuma imaginar.
        Entre os anos de 1000 e 1400, verdadeiras superaldeias interligadas por boas estradas
dominavam certas regiões. Em outras, grupos de até 15 mil pessoas erguiam aterros com até 10
metros de altura para construir suas casas sobre eles e fugir das inundações. “Existiam
sociedades complexas em quase todo o rio Amazonas, no médio e baixo rio Orinoco, na Bolívia e
em outras áreas”, diz o arqueólogo americano Michael Heckenberger, que __ anos estuda um
conjunto de agrupamentos desse tipo no Alto Xingu. “Em 1500, a Amazônia provavelmente era
uma área de enorme variabilidade cultural, com grupos regionalmente interligados.”
        A ideia de uma Amazônia “urbanizada” na verdade é antiga. Quando os primeiros
exploradores espanhóis desceram o rio Amazonas vindos dos Andes, em 1542, o cronista da
missão – um frade chamado Gaspar de Carvajal – descreveu-__ como um lugar densamente
povoado. Do século 17 em diante, descrições desse tipo tornaram-se raras, o que levou muitos
céticos __ considerar que Carvajal e outros exploradores exageravam bastante nos relatos. Com
o advento da arqueologia científica, no século 19, ganhou força a hipótese de que o calor
excessivo, as chuvas constantes e o solo pobre em nutrientes inviabilizariam o surgimento de
qualquer tipo de civilização na Amazônia, já que seria impossível produzir alimentos para
sustentar grandes populações.
        A partir da década de 1980, porém, essa visão começou a ser questionada. As descobertas
começaram na foz do Amazonas, onde trabalhava a arqueóloga americana Anna Roosevelt, da
Universidade de Illinois. Na Ilha de Marajó, ela estudou os chamados tesos – morros cuja origem
é parcial ou totalmente artificial. Concluiu que eles haviam sido construídos por uma grande
população marajoara por volta do ano 1000. Os chefes tribais teriam usado os tesos como
fortalezas e postos de observação. Foi desse povo também a ideia de construir aterros anti-
inundação. Pelo volume de material encontrado nos sítios arqueológicos, acredita-se que podem
ter vivido ali cerca de 15 mil pessoas no século 16. Fonte: https://super.abril.com.br/historia/as-cidades
-perdidas-da-amazonia/ Texto adaptado especialmente para esta prova.
Palavras como “interligados”, “superaldeias” e “anti-inundação”, retiradas do texto, têm sua grafia determinada pelas regras do Acordo Ortográfico vigente. Assinale a alternativa em que a palavra está grafada de modo INCORRETO segundo tal Acordo.
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Texto
A ciência e a tecnologia como estratégia de desenvolvimento
(01)    Um dos principais motores do avanço da ciência é a curiosidade humana, descompromissada de resultados concretos
(02) e livre de qualquer tipo de tutela ou orientação. A produção científica movida simplesmente por essa curiosidade tem sido capaz
(03 ) de abrir novas fronteiras do conhecimento, de nos tornar mais sábios e de, no longo prazo, gerar valor e mais qualidade de vida
(04) para o ser humano.
(05)    Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos
(06) podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o
(07) principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui. Suas realizações estão presentes desde o domínio do fogo
(08) até às imensas potencialidades derivadas da moderna ciência da informação, passando pela domesticação dos animais, pelo
(09) surgimento da agricultura e indústria modernas e, é claro, pela espetacular melhora da qualidade de vida de toda a humanidade
(10 )no último século.
(11)    Além da curiosidade humana, outro motor importantíssimo do avanço científico é a solução de problemas que afligem a
(12) humanidade. Viver mais tempo e com mais saúde, trabalhar menos e ter mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias
(13) que nos separam de outros seres humanos – seja por meio de mais canais de comunicação ou de melhores meios de transporte
(14) – são alguns dos desafios e aspirações humanas para os quais, durante séculos, a ciência e a tecnologia têm contribuído.
(15)    Uma pessoa nascida no final do século 18 muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém
(16) nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais
(17) pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatoreschave para (18) explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente
(19) aumento da longevidade dos seres humanos.
(20)    Apesar dos seus feitos extraordinários, a ciência e, principalmente, os investimentos públicos em ciência e tecnologia
(21) parecem enfrentar uma crise de legitimação social no mundo todo. Recentemente, Tim Nichols, um reconhecido pesquisador
(22) norte-americano, chegou a anunciar a “morte da expertise”, título de seu livro sobre o conhecimento na sociedade atual. O que
(23) ele descreve no livro é uma descrença do cidadão comum no conhecimento técnico e científico e, mais do que isso, um certo
(24) orgulho da própria ignorância sobre vários temas complexos, especialmente sobre qualquer coisa relativa às políticas públicas.
(25) Vários fenômenos sociais recentes, como o movimento antivacinas ou mesmo a desconfiança sobre a fatalidade do aquecimento
(26) global, apesar de todas as evidências científicas em contrário, parecem corroborar a análise de Nichols.
(27)    Esses fenômenos têm perpassado nacionalidades. No Brasil, no ano passado, o debate sobre a chamada “pílula do
(28) câncer” evidenciou como o conhecimento científico estabelecido foi negligenciado pelos representantes eleitos pelo povo
(29) brasileiro. A crise de financiamento recente também é um sintoma da baixa estima da ciência na sociedade ou, pelo menos, da
(30) baixa capacidade de mobilização e de pressão por uma fatia maior dos recursos orçamentários.
(31) (...)
(Equipe do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade. www.ipea.gov.br, 17/12/2019)
Em relação à tipologia textual, é correto afirmar que o texto se classifica como
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