Ao contrário do que se imagina, a madeira retirada da Amazônia — quase sempre de forma predatória — não se transforma em móveis finos nem em peças de decoração. Cerca de 70% das árvores arrancadas de um dos ecossistemas mais ricos do planeta vão para a construção de casas de classe média e baixa nas periferias urbanas. Viram estruturas de telhado, formas para concreto e vigas de sustentação. Na estrutura do telhado de uma casa com 150 m2 gasta-se o equivalente a duas árvores com a altura de um prédio de oito andares.
Época, n.º 216, 8/7/2002 (com adaptações).