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Questão 860483: O verbo dispor, utilizado no Texto II, no trecho “Outr...

O verbo dispor, utilizado no Texto II, no trecho “Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância privada:”, apresenta irregularidade na sua ...



Texto associado.

(Cesgranrio - Adaptado)

Cidade: desejo e rejeição

A cidade da modernidade se configurou a partir da Revolução Industrial e se tornou complexa pelo tamanho territorial e demográfico, antes jamais alcançado, e pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos. No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância pública. Até então, esta seria uma construção que resultava de interesses específicos, de setores ou estratos sociais.

A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” — de certo modo fazendo retornar a cidade à instância privada. Tal ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os rumos da cidade.

O sistema urbano brasileiro estava em processo de consolidação como instância pública, quando, a partir dos anos 1960, sofre inflexão importante. Razões externas ao urbanismo influenciam no redesenho de nossas cidades.

A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma delas.

Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância privada: os condomínios fechados e os shopping centers. Ambos associados ao automóvel, exaltam a segmentação de funções urbanas. A multiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são consideradas. O importante para os promotores imobiliários e para os que aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”.

Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a maior parte das cidades. Isto é, enquanto por um século e meio se concebe e se desenvolve a ideia da cidade como instância pública, uma parte maiúscula dessa mesma cidade é construída em esforço individual como instância privada.

MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, p. 75.

O verbo dispor, utilizado no Texto II, no trecho “Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância privada:”, apresenta irregularidade na sua conjugação.

A sequência em que todos os verbos também são irregulares é:

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