A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a quarta principal causa de morte em todo o mundo, e estima-se que será a terceira principal causa em 2020. Embora a DPOC acometa o sistema respiratório, outros sistemas são afetados por essa enfermidade, provocando descondicionamento físico, presença de resposta inflamatória sistêmica, estresse oxidativo, depleção nutricional, miopatia por corticosteroides e disfunção muscular esquelética. Em relação a essa doença, a reabilitação pulmonar está bem estabelecida e é mundialmente aceita como tratamento associado à terapia medicamentosa. Entre os componentes mais efetivos da reabilitação pulmonar estão aqueles relacionados à atividade física, como os exercícios aeróbicos, os exercícios resistivos periféricos e respiratórios, além das iniciativas educacionais. Considerando as proposições da reabilitação pulmonar e a fisiopatologia da DPOC, conclui-se que
a) os exercícios aeróbicos devem ser evitados em pacientes com classificação GOLD I, devido à miopatia por corticosteroide.
b) os exercícios resistivos periféricos devem ser evitados em pacientes com classificação GOLD I, devido à miopatia por corticosteroide.
c) os exercícios aeróbicos aumentam a concentração de enzimas oxidativas mitocondriais, a capilarização dos músculos treinados, o limiar anaeróbico e, também, o VO2 max.
d) a hiperinsuflação pulmonar acarreta encurtamento das fibras do músculo diafragma, que tende a retificar-se e a aumentar a zona de aposição, o que melhora sua ação.
e) os exercícios respiratórios têm efeito direto sobre a função pulmonar, reduzindo o grau de obstrução aérea e aumentando o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1 ).