Em períodos de crise econômica e contração da atividade econômica, como observado na economia brasileira entre 2014 e 2016, ganham relevância a análise dos determinantes do consumo e investimento privado, sobretudo em condições de reduzida capacidade do governo de implementar políticas econômicas anticíclicas, em função da crise fiscal, da aceleração inflacionária e desaquecimento do comércio internacional, que formaram o macro ambiente econômico no período. Nesse sentido, sobre tais determinantes, pode-se afirmar que
a) considerando a teoria de Irving Fisher, as restrições de crédito pioram a situação do consumidor, independentemente de sua estrutura de preferência intertemporal.
b) embora o investimento dependa tanto da taxa de juros quanto das expectativas dos agentes econômicos, conforme a abordagem keynesiana, a volatilidade destas é a única razão para a instabilidade dos investimentos.
c) de acordo com James Tobin, as decisões de investimento dependem do Q, relação entre o valor da empresa cotado no Mercado de Capitais e o seu valor patrimonial, e assim, se Q for menor que 1, os empresários vão querer investir mais, já quando Q é maior que 1, os empresários não substituirão o capital à medida que ele se desgasta.
d) a hipótese da renda permanente, segundo Milton Friedman, estabelece que um aumento temporário de impostos não afeta as decisões correntes de consumo; no entanto, se um indivíduo sem riqueza não tem acesso a crédito e sua renda corrente é suficiente apenas para cobrir seus gastos correntes, o aumento de impostos, ainda que transitório, afetará suas decisões de consumo.