(PUC-DF) Sabemos que os poderosos têm medo do pensamento, pois o poder é mais
forte se ninguém pensar, se todo mundo aceitar as coisas como elas são, ou melhor, como
nos dizem e nos fazem acreditar que elas são. Para os poderosos de Atenas, Sócrates
tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar (Chauí, M. Convite à filosofia. São
Paulo: Ática, 1994, p. 38). Segundo essa afirmação, podemos concluir que:
a) a sociedade ateniense da época de Sócrates era marcada pela educação militarista e
exigia a total subordinação dos jovens aos mais velhos;
b) o caráter autoritário que predominou na Grécia Antiga impunha que os indivíduos
com idéias contrárias ao governo fossem severamente punidos;
c) os representantes da elite grega eram geralmente pessoas com poucos conhecimentos
e nutriam intenso medo dos que sabiam mais do que eles;
d) os filósofos como Sócrates questionam a realidade e instigam o livre pensamento a
ponto de colocar em dúvida verdades pré-estabelecidas;
e) o exercício do governo democrático, como no caso de Atenas, é dificultado pela existência de pessoas que discordam do que é assumido pelos governantes como sendo
verdadeiro.