Segundo Gandin, o planejamento participativo, como instrumento e metodologia, isto é, como processo técnico, abre espaços para a dimensão política. As questões da qualidade, da missão e, obviamente, da participação são especialmente valorizadas. Mais do que isso, assumem um caráter de proposta de futuro para a instituição que se planeja, onde deve estar contido um ideal do campo de ação da instituição.
Ainda segundo o autor, o planejamento participativo parte do pressuposto e do entendimento sobre o nosso mundo, em que é fundamental a ideia de que a nossa realidade é:
a) determinada pelo sistema econômico e que não há espaço para transformações profundas e democráticas.
b) injusta e de que essa injustiça se deve à falta de participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana.
c) participativa, na medida do possível social e político, e de acordo com a legislação constitucional vigente.
d) altamente competitiva, em que os cidadãos de maior dificuldade e empenho serão recompensados pelos seus méritos.
e) construída sob alicerces político partidários e segue as determinações abusivas das instituições fazendárias.