Um perito criminal recebeu para análise, no laboratório em que trabalha, uma seringa contendo resquícios de uma substância branca que se suspeitava fosse cocaína e uma blusa. A seringa havia sido encontrada ao lado do corpo de uma mulher de aproximadamente vinte anos de idade que fora atingida por um projétil na região torácica, a quem pertencia a blusa recebida no laboratório. O perito recortou o tecido próximo à região atingida pela bala, para a análise de resíduos do disparo, e separou uma alíquota da substância branca. No laboratório de criminalística há dois equipamentos que podem auxiliar a investigação: um cromatógrafo líquido de alta eficiência (CLAE) com detector de ultravioleta-visível (UV/Vis) e um espectrofotômetro de absorção atômica de chama (EAA).
A partir das informações apresentadas, assinale a opção correta.
a) O EAA é adequado para a análise de metais e pode ser utilizado para investigar a presença de chumbo ? resíduo do disparo ? na blusa da vítima.
b) A utilização do forno de grafite, no EAA, para a atomização do metal presente na amostra de tecido dificultaria a análise, devido à presença de efeito matriz, que é menos observado quando se utiliza a chama.
c) Caso o perito dissolva a substância branca em metanol e a injete diretamente no CLAE, a seleção de comprimentos de onda entre 450 nm e 620 nm será a mais adequada, dada a suspeita de que se trata de cocaína, uma vez que essa faixa corresponde à região ultravioleta do espectro.
d) Na ausência de picos no comprimento de onda entre 450 nm e 620 nm no cromatograma, o perito será obrigado a concluir que a substância não é cocaína.
e) O CLAE não pode ser acoplado a detectores de espectrometria de massas, ao contrário do que ocorre com a cromatografia gasosa.