A designação de Doença Hemolítica do Recém-Nascido é relativamente fácil de compreender, mas o significado do termo Eritroblastose Fetal não é tão obvio para muitos professores e para a maioria dos alunos secundaristas. A presença de grande quantidade eritroblastos, que são células nucleadas precursoras de eritrócitos no sangue do feto ou do recém-nascido, indica que a sua medula óssea está liberando essas células na corrente sanguínea, antes que ocorram as etapas necessárias à produção de eritrócitos maduros. Essa liberação, para a corrente sanguínea, de células imaturas normalmente ocorre devido à estimulação excessiva da medula óssea vermelha em razão da presença de uma anemia severa ou outro quadro de carência eritrocitária, como ocorre na anemia hemolítica causada por anticorpos anti-Rh maternos que passaram para fetos Rh+. Sobre este assunto, é INCORRETO afirmar:
a) A Eritroblastose Fetal surge quando uma mãe Rh- que já tenha gestado um filho Rh+ ou que já tenha entrado em contato com sangue Rh+ (durante uma transfusão sanguínea inadequada) gesta uma criança com sangue Rh+ .
b) A prevenção da doença pode ser conferida pela administração de vacina com o antígeno-Rh logo após o parto, para que a mãe possa destruir os eritrócitos fetais que passarem pela placenta na segunda gravidez.
c) A produção materna de anticorpos anti-Rh se inicia após a primeira exposição ao antígeno, e nas subsequentes gestações com feto Rh positivos, os alo-anticorpos anti-Rh, por serem da classe IgG, podem atravessar a barreira placentária.
d) Anticorpos anti-A e anti-B de uma mãe do grupo O são da classe IgM e não atravessam significativamente a placenta até a circulação fetal, não afetando fetos dos grupos A ou B.
e) Caso seja detectado que o feto está com eritroblastose, pode ser feita uma transfusão de sangue Rh- para bebê ainda no útero ou logo após o parto, como medida terapêutica.