Segundo alguns estudiosos que refl etem sobre a administração pública brasileira, estaria havendo um processo de retorno ao patrimonialismo, no bojo do discurso antiburocrático. A dominação patrimonial é defi nida como apoiada:
a) na existência de um quadro administrativo puramente pessoal, formado por companheiros ou súditos, recrutados por critério de afetividade, lealdade e confi ança
b) nas condições materiais dos dirigentes públicos, cujo patrimônio elevado e o apoio fi nanceiro aos políticos nos processos eleitorais lhes concede o direito aos postos e cargos.
c) na crença de que algumas pessoas por sua qualifi cação e prestígio têm o direito de assumir os cargos públicos e conduzi-los de acordo com seu próprio entendimento acerca das questões que lhe são colocadas para apreciação e decisão
d) em processos de escolha em que o soberano faz a indicação de pessoas para os cargos públicos do reino de acordo com critérios de conhecimento, sabedoria e grande discernimento, demonstrados no convívio da corte
e) nos setores armados da sociedade feudal, em particular nos senhores feudais, que indicam os servos mais judiciosos para os cargos públicos, de acordo com processos abertos e convites do próprio soberano