No livro “Descrição e pesquisa: reflexões em torno dos arquivos pessoais”, Lucia Maria Velloso de Oliveira apresenta a tese de que a normalização do processo descritivo retira de foco a sua função de pesquisa.
O trecho que sintetiza a tese da autora é
a) “Entendo a descrição como uma das funções arquivísticas mais relevantes, porque se constitui como um campo de conhecimento e de pesquisa específico da arquivologia e orienta o acesso aos arquivos”.
b) “A organicidade se refere aos interrelacionamentos entre os documentos, às atividades e às funções, na forma de uma complementariedade que comprova as atividades que os geraram e produz o sentido do contexto de produção dos arquivos”.
c) “(...) o arquivista deve estranhar os discursos normatizadores. Em nome de uma babel de padrões para intercâmbio de informações, imprimem um controle ao trabalho intelectual do arquivista e reduzem os resultados de seu trabalho de pesquisa em áreas e conteúdos (...)”.
d) “Na arquivologia contemporânea não deveria mais existir espaço para a negação do trabalho de pesquisa do arquivista. Em sua formação, esse deve ser o principal enfoque, pois quaisquer que sejam suas funções, sem dúvida elas exigirão profundo conhecimento de métodos de pesquisa (...).”
e) “Ao prever um programa descritivo mais voltado para a fase permanente, ou seja, focado no valor secundário da documentação, o mesmo deverá incluir os elementos utilizados nas fases corrente e intermediária, mas oferecer outros desdobramentos ou camadas de compreensão que representem o contexto arquivístico.”