A Capitania de Mato Grosso foi criada pela Coroa portuguesa em 1748. No ano seguinte, a rainha D. Mariana Vitória enviou instruções ao Capitão-General D. Antonio Rolim de Moura Tavares. "Por se ter entendido que Mato Grosso é a chave e o propugnáculo (...) do Brasil pela parte do Peru, e quanto é importante por esta causa naquele distrito se faça população numerosa, e haja forças bastantes a conservar os confinantes em respeito, ordenei se fundasse naquela paragem uma vila e concedi diversos privilégios e inserções para convidar a gente que ali quisesse ir estabelecer-se(...). E me faças presente quais outras providências serão próprias para o fim proposto de aumentar e fortalecer a povoação daquele território". (MENDONÇA. Marcos Carneiro de. Rios Guaporé e Paraguai: primeiras fronteiras definitivas do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca Reprográfica Xerox, 1985, p.127.) Assinale a alternativa que descreve corretamente os interesses da Coroa portuguesa referidos na instrução citada e relacionados ao processo de formação da capitania de Mato Grosso.
a) A Coroa portuguesa criou a nova capitania para povoar a região e legitimar a pretensão régia de anexar o Alto Peru e suas minas de prata aos domínios na América.
b) A monarquia lusa dispôs a criação de um governo próprio para a nova capitania de Mato Grosso, com o objetivo de supervisionar a imigração de camponeses portugueses que iriam colonizar o Oeste.
c) Na instrução ao Capitão-General D. Antonio Rolim de Moura, determina-se a criação de vilas para sediar os representantes da Coroa, o que resultou na fundação da Vila de Campo Grande.
d) A Coroa portuguesa buscava efetivar as suas conquistas territoriais e, para isso, fez valer o Padroado, submetendo os missionários jesuítas à administração do Estado.
e) A instrução está relacionada à preocupação com a defesa da fronteira, o que levou ao desmembramento da capitania de São Paulo, dando origem às capitanias de Mato Grosso e Goiás.