Atenção: As questões de números 11 a 17 referem-se ao
texto abaixo.
Após a I Guerra Mundial, os europeus passaram a olhar
de maneira diferente para si mesmos e sua civilização. Parecia
que na ciência e na tecnologia haviam desencadeado forças
que não podiam controlar, e a crença na estabilidade e
segurança da civilização européia revelou-se uma ilusão.
Também ilusória era a expectativa de que a razão baniria as
marcas remanescentes de escuridão, ignorância e injustiça, e
anunciaria uma era de progresso incessante. Os intelectuais
europeus sentiam que estavam vivendo num "mundo falido".
Numa era de extrema brutalidade e irracionalidade ativa, os
valores da velha Europa pareciam irrecuperáveis. "Todas as
grandes palavras", escreveu D. H. Lawrence, "foram invalidadas
para esta geração". As fissuras que se discerniam na civilização
européia antes de 1914 haviam se tornado maiores e mais
profundas. É evidente que havia também os otimistas ?aqueles
que encontraram motivo para esperança na Sociedade das
Nações, no abrandamento das tensões internacionais e na
melhoria das condições econômicas em meados da década de
1920. Entretanto, a Grande Depressão e o triunfo do
totalitarismo intensificaram os sentimentos de dúvida e
desilusão.
(Adaptado de PERRY, Marvin, Civilização ocidental: uma
história concisa. Trad. Waltensir Dutra/ Silvana Vieira. 2ed., São
Paulo: Martins Fontes, 1999, p.588.)