Brasileiros são hoje recebidos em todo o mundo com tapete vermelho, como um dos melhores turistas, dada a sua disposição para compras e gastos de alto valor agregado em hotéis, passeios, aluguel de carros, etc., movimentando a milionária cadeia de serviços que vive dessa demanda. [...]. A Espanha seguiu na direção contrária. Numa postura inarredável, mantém há anos uma política restritiva extrema, com práticas arbitrárias que beiram a intolerância, levando milhares de brasileiros ao constrangimento de serem barrados na fronteira em arrastados interrogatórios, quando não — como ocorre em muitos casos — deportados. [...] Curiosamente, hoje é muito maior o fluxo de espanhóis para o Brasil do que o inverso. E o índice de admissão não concedida aqui é inferior a 10% do praticado lá. A Espanha convive atualmente com uma das maiores taxas de desemprego da Europa, da ordem de 22%, enquanto o Brasil experimenta uma primavera de oportunidades e vagas, inclusive importando mão de obra. Seria natural, nessas condições, um maior empenho daquele país em estabelecer facilidades para esse fluxo e, inexplicavelmente, não é o que acontece. Turistas brasileiros deveriam, daqui por diante, adotar o velho princípio de só ir aonde é bem-vindo. E, nesse caso, a Espanha não seria uma opção. (MARQUES. 2012, p. 20).
Um dos fatores para que certos países da União Europeia adotem uma política mais rígida, em relação às pessoas que a eles se dirigem, se deve à
a) perda de competitividade comercial, em função da queda da produção, com a adoção do operário imigrante, pouco afeito ao trabalho.
b) influência que os imigrantes têm exercido sobre a cultura europeia, que vem absorvendo costumes primitivos e atrasados dessas populações.
c) chegada na Europa de uma mão de obra qualificada e tecnicamente mais bem preparada, que tem retirado os empregos dos europeus.
d) política europeia de contenção da criminalidade e da violência, provocada pelo aumento do número de roubos e homicídios, com a chegada de turistas.
e) intolerância política e religiosa em relação aos estrangeiros, exacerbada por ataques terroristas, e tensões e conflitos envolvendo, principalmente, imigrantes islâmicos.