Matos e Bravo (2008), ao realizarem uma análise sobre o projeto ético-político do Serviço Social e sua relação com a Reforma Sanitária, ensinam que, na década de 1990, havendo dois projetos em disputa na área da saúde – o projeto privatista e o projeto da reforma sanitária estes apresentaram diferentes requisições para o Serviço Social. A opção que referencia as características dos diferentes projetos e as requisições postas ao Serviço Social, segundo a análise dos autores, é:
a) O projeto privatista requisitou e vem requisitando dos assistentes sociais demandas seletivas, fiscalizadoras e assistencialistas através da ideologia do favor e predomínio das ações individuais, enquanto o projeto de reforma sanitária demanda do assistente social a busca pela democratização do acesso aos serviços de saúde, atendimento humanizado, interdisciplinariedade e ênfase nas abordagens grupais.
b) O projeto privatista requisitou e vem requisitando dos assistentes sociais demandas seletivas e ações de privatização do sistema público de saúde; enquanto o projeto de reforma sanitária, além da privatização, demanda do assistente social a busca pelas abordagens grupais
c) O projeto de reforma sanitária demanda do assistente social o estímulo à participação cidadã por meio da presença da população no Conselho Municipal de Saúde, enquanto o projeto privatista estimula a participação em instituições empresariais.
d) O projeto privatista, sendo mais eficaz à nossa realidade, demanda do assistente social uma atuação voltada ao atendimento dos mínimos sociais por meio do setor privado; enquanto o projeto de reforma sanitária fundamentado nos direitos do cidadão demanda do assistente social uma atuação relacionada ao direito de saúde como dever do Estado neoliberal
e) Ambos os projetos apresentam as mesmas demandas ao assistente social, com a seguinte diferença: o projeto privatista requisita abordagens individuais e o projeto de reforma sanitária requisita abordagens grupais.