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A Queda de Constantinopla e o fim do Império Romano do Oriente

Por Maíra Pires | Em 10/04/2022 08:28:28 | História, Constantinopla

Outro fator também contribuiu para a decadência, a grande epidemia da Peste Negra que abateu a população levando a uma crise demográfica.


A Queda de Constantinopla e o fim do Império Romano do Oriente

O fato histórico que marca o final da Idade Média e o inicio da Idade Moderna é a Queda de Constantinopla ou também conhecido como o fim do Império Romano do Oriente em 1453 d.C.

De Bizâncio para Constantinopla

Constantinopla era capital sede da porção Oriental do Império Romano. Se voltamos um pouco na história esta já era uma cidade relevante para os gregos antes do século IV d.C, momento em que esta era chamada de Bizâncio.

Esta foi fundada no século VII a. C em Anatólia. Sob o poder do Império Alexandrino esta se tornou um expoente da chamada cultura helenística e na ascensão do Império Romano esta passou a ser central para a porção oriental.

Em 330 d.C. o Imperador Constantino mudou o nome da sede de Bizâncio para Constantinopla.

A Queda de Constantinopla

O Império Romano do Oriente teve entre suas políticas a preocupação em fortalecer sua economia e também as suas fronteiras.

Dessa forma, desde o Imperador Justiniano, que governou com uma forte política autocrática e religiosa, a cidade se tornou uma importante referência com fronteiras fortificadas, um exército preparado, o que foi ampliado após a dominação e conquista da Península Itálica e Ibérica.

A cidade era uma grande fortaleza imune a qualquer invasão, nem mesmo os godos conseguiram ultrapassar as muralhas que a protegiam.

Constantinopla era uma cidade essencialmente cristã, desde a sua fundação pelo imperador romano e sempre lutou contra a expansão do islamismo, entretanto este poder foi sendo fragilizado.

No entanto, o período do auge logo entrou em decadência em 636 quando o território da Síria, Palestina, Pérsia, Egito e Península Ibérica foram dominados pelos mulçumanos.

Logo em seguida houve o chamado Grande Cisma, conhecido como a separação religiosa entre a Igreja Católica Romana da Igreja Ortodoxa, o que afetou diretamente as relações de Constantinopla com o restante do Império do Ocidente.

Outro fator também contribuiu para a decadência, a grande epidemia da Peste Negra que abateu a população levando a uma crise demográfica.

Queda de Constantinopla em 1453
Queda de Constantinopla em 1453 com a invasão do sultão Mahmed II.

Enfraquecida, com uma população reduzida e sem auxilio militar, a cidade que antes era uma potência, se tornou um alvo fácil para as invasões.

O Império Otomano sob a liderança do sultão Mehmed II que desejava ampliar seu território logo direcionou suas forças para atacar Constantinopla.

Foram algumas semanas em que mais de 100 mil soldados cercaram a cidade e canhões bombardearam pela terra e pelo mar, após aproximadamente 50 dias de ataque Constantinopla não tinha mais como resistir.

A sede foi conquistada por Mehmed II, que devido ao seu êxito ficou conhecido na história como “O conquistador”, levando a queda da cidade em 29 de maio de 1453.

Com a queda do Império Romano do Oriente têm fim o período medieval

Com a derrota, as rotas comerciais que davam acesso à Índia através do Mar Negro na Europa foram fechadas, obrigando os comerciantes e navegadores a encontrar notas rota marítimas, episódio da história que ficou conhecido como grandes navegações e que vai desencadear a descoberta da América, fato marcante na Idade Moderna.

Foto de perfil Maíra Pires
Por Maíra Pires | Professora de História
Graduada em História, habilitada para Licenciatura e Bacharelado, (UDESC) e Mestre em História (UDESC). Cursando Doutorado em História (PUC-SP).

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