“Brincadeira do Pão”: Um polêmico jogo dentro das escolas!
“Brincadeira do pão” ou ainda “jogo do pão doce”: Um grupo de meninos reúne-se para realização da brincadeira. Estes ficam ao entorno de um pão, e masturbam-se coletivamente.
A escola é uma instituição formal de educação, e como tal, está inserida na sociedade, sofrendo com as mudanças e acontecimentos mais gerais.
Os acontecimentos de dentro e de fora da escola são relacionados, e não há como desvincular a vida dos alunos nestes dois espaços.
Isso se tornou ainda mais evidente com o advento da informação rápida, sobretudo nas redes sociais.
Assim, o que acontece com um aluno fora da escola, logo vira notícia dentro do ambiente escolar, especialmente quando foi publicado em grupos virtuais de conversa.
Da mesma forma, práticas, modismos, tendências, são levados da sociedade para dentro da escola, mesmo que de forma subjetiva.
O contrário também ocorre, o que se manifesta dentro da escola, logo é levado para outras instâncias da sociedade.
É natural que os adolescentes sejam curiosos e gostem de experimentar novas sensações, e quando algo vira moda nas redes sociais, estes ficam ainda mais instigados para colocar em prática aquilo que viram.
No entanto, muitas vezes essas atitudes, experimentos e brincadeiras são levadas para dentro do ambiente escolar, gerando muitos problemas.
Recentemente o Brasil ficou em alerta quanto ao tipo de vídeo que crianças e adolescentes estavam vendo na internet, pois havia suposições de materiais sobre violência e suicídio, os quais estariam sendo acessados por este público.
Além disso, brincadeiras perigosas e humilhantes estão na lista de práticas que já foram descobertas nas escolas.
As brincadeiras que surgem em forma de desafios na internet são, sobretudo, as mais arriscadas, e também as que parecem mais atrair o público jovem.
O que é a "brincadeira do pão" ou "jogo do pão doce"?
Recentemente, uma nova brincadeira parece ter tomado as redes e o gosto dos adolescentes.
A prática em questão ficou conhecida como “brincadeira do pão” ou ainda “jogo do pão doce”, e apresenta uma prática vexatória e até mesmo arriscada para a sanidade física e psicológica dos envolvidos.
Na prática, um grupo de meninos reúne-se para realização da brincadeira. Estes ficam ao entorno de um pão, e masturbam-se coletivamente. O jovem que ejacula por último, tem como obrigação comer o pão em que todos os demais colegas ejacularam.
Rapazes em torno do pão: "Jogo do pão doce".
A prática pode ser vista como algo humilhante, especialmente para aquele que é submetido ao consumo do pão, sem falar nos riscos de contrair uma doença sexualmente transmissível, como sífilis, gonorreia, herpes, HPV, clamídia, hepatite e mesmo HIV.
Além disso, caso um vídeo com esta prática seja publicado em redes sociais, a exposição dos jovens pode causar sérios problemas em seu círculo familiar ou de amizades.
A comunidade escolar (funcionários, professores, alunos, famílias) deve compreender que existem práticas arriscadas que são realizadas sem o consentimento no ambiente da escola, e através disso, criar mecanismos de detecção e conscientização sobre estas brincadeiras que são disseminadas entre os alunos.
Brincadeiras de "mau gosto" são comuns entre adolescentes
Certamente a “brincadeira do pão” não foi a primeira, nem tampouco será a última das práticas que cairão no gosto dos adolescentes, as quais despertam sentimentos de concorrência, poder e envolvem a sexualidade.
Os desafios da internet se renovam e se apresentam de forma tentadora.
Faz-se cada vez mais necessária uma abordagem complexa e integrada entre as famílias e a escola, especialmente no que tange aos cuidados com a saúde física e emocional dos alunos.
Por mais que as brincadeiras sejam muitas vezes tratadas como inofensivas, ou próprias da idade, podem deixar marcas profundas na personalidade destes estudantes.
Não é para menos que existem vários relatos de jovens que cometem suicídio após exposição nas redes sociais e humilhações sofridas (bullying).
A escola por vezes não possui as condições necessárias para monitorar aquilo que os alunos fazem a todo o momento em que estão no espaço escolar.
Muitas instituições estão, inclusive, evitando trabalhos em grupo, para que os estudantes não precisem se encontrar fora da escola em contraturno.
Por isso, é muito importante a presença das famílias. É necessário que os responsáveis (pais, avós, tios, etc.) saibam o que as crianças e adolescentes estão acessando na internet, com quem se relacionam e o que fazem quando não estão na escola.
Só com muita parceria entre a escola e as famílias, bem como apoio da sociedade, é que este tipo de brincadeira será substituído por ações mais saudáveis e construtivas.