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Conjunções: Relação de Causa e Consequência

O tema é um pouco complexo, mas conjunções são usadas em praticamente todas as frases que construímos. Leia o texto e entenda melhor o uso da relação de causa e consequência.

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Dinake Núbia em 05/09/2022 18:00:10
Jornalista, apaixonada por coordenação e liderança de equipe. Experiência em jornalismo na Intern...

A conjunção é um importante elemento da Língua Portuguesa usado para conectar as orações.

Explicando melhor, a conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos semelhantes que exercem uma mesma função sintática.

Temos dois grupos de conjunções: as subordinativas e coordenativas.

Entre as conjunções subordinativas temos as integrantes e as adverbiais, que são as causais (causa), consecutivas (consequência), condicionais, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, finais e proporcionais.

Explicaremos cada uma delas que integram o grupo das subordinativas. P

rimeiramente, vamos focar na relação de causa e consequência.

Conjunção causal (causa)

A ideia de causa é ligada ao que provoca uma determinada ação ou fato, ao motivo declarado na oração principal.

A principal conjunção subordinativa causal é o porque, mas também destacamos as conjunções e locuções causais pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.

Veja também: Quando usar Porque ou Por que, Por quê ou Porquê?

Exemplos:

  • Eu acordei disposto porque dormi muito
  • Ela não quer pizza porque está de dieta
  • Não podemos esperar por ele porque já estamos atrasados
  • Eu não vou fazer janta em casa já que os meninos foram comer pizza
  • Cancelaremos a viagem visto que com o temporal é mais perigoso

Conjunção consecutiva (consequência)

Já a consequência, resultado das orações subordinadas adverbiais consecutivas, é o efeito do que é declarado na oração principal.

As principais conjunções consecutivas são: que, precedida de de forma que, de modo que, de sorte que, tanto que, além das estruturas tão que, tanto que, tamanho que.

Veja também: Tipos de conjunção existentes na língua portuguesa.

Exemplos:

  • A fome era tão grande que comeu o bolo quente
  • Chegamos em casa tão cansados que nem fizemos o jantar
  • Ele não consegue tomar banho sem molhar todo o banheiro
  • Ela tanto trabalhou que conseguiu comprar seu próprio apartamento
  • Não consegui ver todo o filme de tão grande que era

Agora, vamos às demais conjunções subordinativas:

Conjunções condicionais

As conjunções condicionais ocorrem quando é indicada uma hipótese ou uma condição necessária para que se realize ou não o fato principal da oração.

A principal conjunção condicional é o se, mas são usadas também: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que.

Exemplos:

  • Se não tivesse chovendo, sairíamos agora mesmo
  • Uma vez que nossas famílias entrarem em acordo, marcaremos a data
  • Caso você viaje, deixe seu gatinho comigo

Conjunções comparativas

As conjunções comparativas são aquelas que dão ideia de comparação ou confronto entre os elementos da oração.

São conjunções comparativas: como, que, do que (utilizada depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior) e qual (usado depois de tal).

Exemplos:

  • Ele fala com ela como se tivesse falando com uma criança
  • Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar
  • Ela foi embora e deixou claro como a luz que não voltaria

Conjunções conformativas

Essas são usadas para demonstrarem a conformidade do fato na oração. São conjunções conformativas: conforme, como (com mesmo sentido de conforme), segundo, consoante, de acordo e etc.

Exemplos:

  • Conforme o governador, a ordem é para ficar em casa durante quarentena.
  • Como ela mesma disse, todos que forem à festa devem levar suas bebidas
  • Você deve manter uma boa alimentação saudável, segundo o médico

Conjunções concessivas

Já as conjunções concessivas expressam na oração a ideia contrária à da principal, mas sem impedir a ação.

São elas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, por mais que.

Exemplos:

  • Embora gostasse muito do tio, preferiu não ir ao aniversário
  • Vamos ao jantar mesmo que cheguemos atrasados
  • Vou entregar o trabalho ainda hoje, nem que eu precise madrugar

Conjunções temporais

Como o próprio nome indica, as conjunções temporais fazem menção ao tempo aplicado na oração.

São conjunções temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas e etc.

Exemplos:

  • Vamos viajar ainda hoje, antes que escureça
  • Todas as vezes que precisamos, ele nos ajuda
  • Eu faço as compras de casa desde que casei

Conjunções proporcionais

Essa modalidade reforça a ideia de proporção. Elas iniciam a oração subordinada onde é mencionado o fato realizado para se realizar simultaneamente com o fato da oração principal.

São conjunções proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais, quanto menos.

Exemplos:

  • À medida que o tempo passava, ela acostumava com o ambiente de trabalho
  • Não gostava lasanha, quanto mais de macarrão
  • À proporção que envelheço, descubro que ainda vivi poucas experiências

Conjunções finais

Por fim, como também como o nome indica, as conjunções finais iniciam a oração subordinada expressando a finalidade da oração principal. São conjunções finais: para que, a fim de que, que.

Exemplos:

  • É tarde para que venha trazer comida
  • Enviei o texto a fim de que avaliasse ainda hoje
  • Eu vou à casa da mamãe para que ela se sinta mais tranquila

Conjunções coordenadas

Só para pincelar, as conjunções coordenadas são e servem para:

  • Conjunções aditivas: para expressar soma
  • Conjunções adversativas: para expressa oposição
  • Conjunções nativas: para expressa e indicar nância
  • Conjunções conclusivas: para expressar conclusão
  • Conjunções explicativas: para explicar os termos na oração.

Veja também: Orações Subordinadas Adverbiais: 9 Tipos Diferentes.

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