Conjunções: Relação de Causa e Consequência
O tema é um pouco complexo, mas conjunções são usadas em praticamente todas as frases que construímos. Leia o texto e entenda melhor o uso da relação de causa e consequência.
A conjunção é um importante elemento da Língua Portuguesa usado para conectar as orações.
Explicando melhor, a conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos semelhantes que exercem uma mesma função sintática.
Temos dois grupos de conjunções: as subordinativas e coordenativas.
Entre as conjunções subordinativas temos as integrantes e as adverbiais, que são as causais (causa), consecutivas (consequência), condicionais, comparativas, conformativas, concessivas, temporais, finais e proporcionais.
Explicaremos cada uma delas que integram o grupo das subordinativas. P
rimeiramente, vamos focar na relação de causa e consequência.
Conjunção causal (causa)
A ideia de causa é ligada ao que provoca uma determinada ação ou fato, ao motivo declarado na oração principal.
A principal conjunção subordinativa causal é o porque, mas também destacamos as conjunções e locuções causais pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.
Veja também: Quando usar Porque ou Por que, Por quê ou Porquê?
Exemplos:
- Eu acordei disposto porque dormi muito
- Ela não quer pizza porque está de dieta
- Não podemos esperar por ele porque já estamos atrasados
- Eu não vou fazer janta em casa já que os meninos foram comer pizza
- Cancelaremos a viagem visto que com o temporal é mais perigoso
Conjunção consecutiva (consequência)
Já a consequência, resultado das orações subordinadas adverbiais consecutivas, é o efeito do que é declarado na oração principal.
As principais conjunções consecutivas são: que, precedida de de forma que, de modo que, de sorte que, tanto que, além das estruturas tão que, tanto que, tamanho que.
Veja também: Tipos de conjunção existentes na língua portuguesa.
Exemplos:
- A fome era tão grande que comeu o bolo quente
- Chegamos em casa tão cansados que nem fizemos o jantar
- Ele não consegue tomar banho sem molhar todo o banheiro
- Ela tanto trabalhou que conseguiu comprar seu próprio apartamento
- Não consegui ver todo o filme de tão grande que era
Agora, vamos às demais conjunções subordinativas:
Conjunções condicionais
As conjunções condicionais ocorrem quando é indicada uma hipótese ou uma condição necessária para que se realize ou não o fato principal da oração.
A principal conjunção condicional é o se, mas são usadas também: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que.
Exemplos:
- Se não tivesse chovendo, sairíamos agora mesmo
- Uma vez que nossas famílias entrarem em acordo, marcaremos a data
- Caso você viaje, deixe seu gatinho comigo
Conjunções comparativas
As conjunções comparativas são aquelas que dão ideia de comparação ou confronto entre os elementos da oração.
São conjunções comparativas: como, que, do que (utilizada depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior) e qual (usado depois de tal).
Exemplos:
- Ele fala com ela como se tivesse falando com uma criança
- Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar
- Ela foi embora e deixou claro como a luz que não voltaria
Conjunções conformativas
Essas são usadas para demonstrarem a conformidade do fato na oração. São conjunções conformativas: conforme, como (com mesmo sentido de conforme), segundo, consoante, de acordo e etc.
Exemplos:
- Conforme o governador, a ordem é para ficar em casa durante quarentena.
- Como ela mesma disse, todos que forem à festa devem levar suas bebidas
- Você deve manter uma boa alimentação saudável, segundo o médico
Conjunções concessivas
Já as conjunções concessivas expressam na oração a ideia contrária à da principal, mas sem impedir a ação.
São elas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, por mais que.
Exemplos:
- Embora gostasse muito do tio, preferiu não ir ao aniversário
- Vamos ao jantar mesmo que cheguemos atrasados
- Vou entregar o trabalho ainda hoje, nem que eu precise madrugar
Conjunções temporais
Como o próprio nome indica, as conjunções temporais fazem menção ao tempo aplicado na oração.
São conjunções temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas e etc.
Exemplos:
- Vamos viajar ainda hoje, antes que escureça
- Todas as vezes que precisamos, ele nos ajuda
- Eu faço as compras de casa desde que casei
Conjunções proporcionais
Essa modalidade reforça a ideia de proporção. Elas iniciam a oração subordinada onde é mencionado o fato realizado para se realizar simultaneamente com o fato da oração principal.
São conjunções proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais, quanto menos.
Exemplos:
- À medida que o tempo passava, ela acostumava com o ambiente de trabalho
- Não gostava lasanha, quanto mais de macarrão
- À proporção que envelheço, descubro que ainda vivi poucas experiências
Conjunções finais
Por fim, como também como o nome indica, as conjunções finais iniciam a oração subordinada expressando a finalidade da oração principal. São conjunções finais: para que, a fim de que, que.
Exemplos:
- É tarde para que venha trazer comida
- Enviei o texto a fim de que avaliasse ainda hoje
- Eu vou à casa da mamãe para que ela se sinta mais tranquila
Conjunções coordenadas
Só para pincelar, as conjunções coordenadas são e servem para:
- Conjunções aditivas: para expressar soma
- Conjunções adversativas: para expressa oposição
- Conjunções nativas: para expressa e indicar nância
- Conjunções conclusivas: para expressar conclusão
- Conjunções explicativas: para explicar os termos na oração.
Veja também: Orações Subordinadas Adverbiais: 9 Tipos Diferentes.