O que é a Investigação Social? Etapas de como é feita e o que reprova

Muitos concursos públicos, inclusive os ligados a área de Segurança Pública (Polícia Militar, Federal, PRF, Agente Penitenciário, entre outros) possuem a fase de investigação social.

Mas você já se perguntou como é feita e como as etapas da investigação social são realizadas? Por isso, nós aqui do Gabarite vamos explicar pra você nosso caro leitor quais são os trâmites e de forma este processo funciona.

O que é investigação social?

Investigação social é um processo de verificação de antecedentes que tem como objetivo coletar informações sobre o histórico de vida, comportamento e caráter de uma pessoa.

É comumente realizada como parte de processos seletivos para empregos, candidaturas a cargos públicos, obtenção de licenças profissionais, entre outros.

Durante a investigação social, são verificados diversos aspectos da vida da pessoa, tais como sua formação acadêmica, experiência profissional, situação financeira, envolvimento em atividades criminosas, histórico de saúde mental, comportamento em redes sociais, entre outros.

Os investigadores podem utilizar diversas fontes de informação, tais como registros públicos, entrevistas com familiares e amigos, ex-colegas de trabalho, vizinhos, entre outros.

A investigação social é importante para ajudar a garantir a segurança e a integridade de empresas, organizações e governos, bem como para proteger o público em geral.

No entanto, é importante lembrar que a investigação social deve ser realizada com cuidado e respeito aos direitos individuais, incluindo o direito à privacidade e o direito de ser presumido inocente até que se prove o contrário.

O que reprova o candidato na investigação social?

A investigação social tende a ver a conduta social e profissional do concurseiro. O candidato deve preencher corretamente um formulário sem mentir e nem omitir nenhuma informação que seja solicitada.

O objetivo é compreender a vida regressa e futura do funcionário público por meio de certidões de antecedentes criminais que buscam avaliar a idoneidade moral para que o aspirante exerça o cargo.

Alguns concursos, mais específicos, exigem ainda que o candidato apresente ainda o nome de autoridades que serão entrevistadas sobre a conduta de vida do concurseiro.

Mas pode ficar tranquilo, toda informação coletada é cunho sigiloso e jamais será divulgada publicamente. A etapa de investigação social não interfere na pontuação do concorrente e nem possui caráter classificatório.

Mas pode sim eliminar o candidato caso ele não cumpra com as exigências estabelecidas pelo órgão contratante, ou seja, comprovado que o mesmo possua má conduta social ele será reprovado.

Atualmente a coleta de dados está indo além da simples verificação de antecedentes criminais. Em alguns casos a vida particular do candidato e as redes sociais também são analisadas e examinadas pela banca.

Por isso, tenha muito cuidado com o que posta e compartilha. Afinal alguns posts podem acabar comprometendo a sua imagem ao invés de ajuda-lo.

Portanto evite postagens agressivas, desrespeitosas ou fotos que sejam consideradas comprometedoras. O mais indicado é ter publicado material construtivo ou sobre a carreira que candidato escolheu para prestar o concurso.

O que fazer ao ser reprovado na investigação social?

Caso seja reprovado por algum item nesta fase o candidato pode recorrer e contestar a decisão nas vias administrativa, junto a banca do concurso ou até mesmo na via judicial.

Para de fato eliminar um candidato na fase de investigação social durante o processo do concurso público a banca deve apresentar as razões que o fizeram tomar tal decisão, com explicação detalhada e sem ferir os princípios constitucionais.

Já que podemos considerar que não é possível traçar todo o perfil social de uma pessoa de forma livre. Sem contar que questões como a visão de mundo de cada um influenciam no avaliação e no julgamento.

Etapas de como é feita a investigação social

As etapas da investigação social podem variar dependendo do objetivo e do contexto da investigação. No entanto, algumas etapas comuns incluem:

1. Informações pessoais – relata todos os dados do candidato e os documentos como RG, CPF, Carteira de Habilitação, nome completo, e-mails.
2. Informações residenciais – o candidato deve relatar todos os locais em que residiu e junto a quais pessoas e familiares.
3. Informações sócio familiares – aqui o concurseiro disponibiliza informações completa sobre seus parentes de primeiro grau (pais e irmãos), tutores legais ou pessoas que não sejam seus pais.
4. Informações de cunho pessoal e familiar: aqui serão investigadas informações como tatuagens , saúde física e mental , se fuma, bebe ou é usuário de drogas ilícitas.
5. Informações judiciais e policiais: A banca investigará se existe algum processo judicial, seja como réu, indiciado, testemunha, autor ou mesmo como vítima.
6. Informações profissionais: preencher com os lugares em que esteve empregado.
7. Informações escolares: onde cursou e todos os detalhes dos ensinos fundamental, médio, técnico, superior e pós-graduação.
8. Informações econômicas: se o candidato tem nome no SPC, já teve cheque devolvido ou qualquer outro problema de cunho econômico.

Lembrando que a investigação social deve ser realizada com respeito aos direitos individuais e seguindo as leis e regulamentações aplicáveis.